O presidente do PSDB, senador mineiro Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (7) que o discurso da presidente Dilma Rousseff e de ministros petistas sobre um suposto golpe para tirá-la do Palácio do Planalto é "uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileira no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade".
Em nota, o tucano explicou que "tudo o que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe". Pouco antes, Aécio Neves enumerou supostas investigações contra o partido, como a identificação de irregularidades pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nas manobras fiscais; a apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na prestação de contas das campanhas eleitorais; e a investigação de crimes de corrupção encabeçados pela Polícia Federal e o Ministério Público.
Logo depois, o tucano avisa que o PT "não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia". Aécio encerra o comunicado avisando que "os partidos de oposição continuarão atentos e trabalhando para impedir as reiteradas tentativas do PT para constranger e inibir a autonomia e independência das instituições brasileiras".
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Nesta terça-feira, Dilma disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o aumento do tom da oposição e das conversas sobre impeachment não vai afetá-la.
— Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. [...] Para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real.