Cerca de 40 pessoas protestaram nesta quarta-feira (1º) na Praça dos Três Poderes contra a demora no julgamento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4650, que estabelece normas para as eleições, entre elas o financiamento de campanhas. O alvo era o ministro Gilmar Mendes, que em 2 de abril de 2014 pediu vista do processo e ainda não fez a devolução para o julgamento.
Segundo o diretor da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Ismael César, o objetivo do ato é exigir que Gilmar Mendes faça a devolução para que o Supremo dê continuidade à votação.
— Amanhã completa um ano que o ministro pediu vista do processo que trata de financiamento de empresas a partidos políticos. E esse ato é um esculacho exigindo que o Gilmar Mendes devolva esse processo, haja vista que temos seis votos a um favoráveis à aprovação, contra o financiamento privado.
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A reportagem não conseguiu contato com a assessoria do ministro, pois não há expediente hoje no STF, em virtude do feriado da Semana Santa.
Para Ismael César, o modelo atual de financiamento de campanhas políticas favorece a corrupção.
— As empresas, na realidade, fazem um empréstimo aos parlamentares e depois esse recurso é devolvido através do processo de corrupção, portanto combater a corrupção significa garantir que o financiamento seja público e não empresarial.