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“Estamos enfrentando essa situação e vamos reverter”, diz Dilma sobre crise na Petrobras

Presidente usa discurso de diplomação para defender pacto de luta contra a corrupção

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Dilma participou de cerimônia no TSE nesta quinta-feira (18)
Dilma participou de cerimônia no TSE nesta quinta-feira (18) Dilma participou de cerimônia no TSE nesta quinta-feira (18)

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta quinta-feira (18), que o governo está enfrentando com coragem e vai reverter toda a crise da Petrobras. Dilma usou seu discurso de diplomação, realizada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em Brasília, para defender a estatal e reafirmar que todas as ações ilegais cometidas na petroleira devem ser investigadas e punidas.

— Temos que saber apurar e saber punir sem enfraquecer a Petrobras, sem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Temos que continuar acreditando na mais brasileira das nossas empresas.​

A presidente afirmou ainda que seu governo está trabalhando para fazer do sistema de gestão da Petrobras “a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal já teve no Brasil”. Para isso, Dilma convidou todas as esferas do poder e todos os setores da sociedade a firmarem um pacto de luta contra a corrupção.

Para a presidente, a corrupção é um mal “entranhado na alma humana”. Dilma defendeu seu partido, o PT, alegando que este defeito não é exclusivo de quem está no poder. Mesmo sem citar diretamente a oposição, ela enfatizou que desvios de dinheiro público ocorrem no País há séculos e classificou a corrupção como “herança maldita do paternalismo”.

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— A corrupção, como outros pecados, está entranhada na alma humana e cabe a nós a permanente vigilância. Não é defeito ou vício, como querem alguns, exclusivo de um ou de outro partido, de uma ou de outra instituição. Tampouco é privilégio de quem compartilha momentaneamente do poder, trata-se de fenômeno muito mais complexo e resiliente. Estamos purgando hoje males que carregamos há séculos.

Vitória

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Além de falar claramente sobre a crise da Petrobras, a presidente Dilma também usou o discurso de diplomação para mandar um recado para a oposição, afirmando que na democracia ninguém sai vencido de uma eleição. Segundo ela, a população escolhe quem deve ser governo e quem deve ser oposição, cabe a cada um cumprir bem o seu papel.

— É da própria natureza da disputa eleitoral resultar em vitória e em derrota, mas como eleição democrática não é guerra, ela não produz vencidos. O povo escolhe quem ele quer que governe e quem ele quer que seja oposição.

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Ao lembrar que é importante “saber perder”, Dilma também disse que saber vencer é determinante para exercer um bom governo. Neste momento do discurso, Dilma adotou um tom independente, afirmando que é preciso se libertar “das amarras partidárias” para oferecer o que é melhor para o País.

A presidente também aproveitou para reafirmar seus compromissos de governo, lembrando que eles são os mesmos firmados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, durante o primeiro mandato do PT.

— Saber vencer é se libertar das amarras, dos interesses individuais e partidários, e oferecer com coragem o que temos de melhor ao nosso País. O que mais quero oferecer ao meu País é a luta renovada por justiça social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade econômica e política e compromisso com a ética.

Economia

Depois de abordar a crise política, garantindo que a situação da Petrobras será contornada e fazendo nova defesa da reforma política, Dilma também usou o discurso de diplomação para falar sobre a crise econômica.

Sem dar detalhes de medidas que serão adotadas, ela garantiu o controle da inflação e que o crescimento do País vai “se acelerar mais rápido do que alguns imaginam”.

— Reservo para o meu discurso de posse o detalhamento das medidas que vamos tomar para garantir mais crescimento econômico.

A cerimônia de diplomação começou com quase 40 minutos de atraso e durou quase uma hora. Os ex-presidentes da República Lula e José Sarney estavam presentes e foram homenageados pelo presidente do TSE, Dias Toffoli.

Representando o Legislativo, os presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também participaram da cerimônia de diplomação.

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