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Fed mostra confiança em economia dos EUA e abre mais a porta para alta de juros

Brasil|

Por Howard Schneider e Michael Flaherty

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deu um forte sinal de que está caminhando para elevar os juros em algum momento do ano que vem, alterando a promessa de manter as taxas perto de zero por um "tempo considerável", em uma demonstração de confiança na economia norte-americana.

Terminando sua reunião de dois dias diante de um quadro de demanda doméstica sólida, mas com problemas no exterior, o Fed disse que vai adotar uma postura "paciente" para decidir quando elevar os juros.

Ao fazê-lo, o banco central olhou além das dificuldades econômicas na zona do euro, Japão e Rússia e ofereceu uma avaliação majoritariamente otimista sobre as perspectivas da economia dos EUA.

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"Com base na atual avaliação, o comitê julga que pode ser paciente ao iniciar a normalização da política monetária", disse o Fed em comunicado. Significativamente, o Fed disse que considerou o comunicado "consistente" com a linguagem anterior, de que demoraria um "tempo considerável" para elevar os juros.

Embora o quadro de crescimento tenha permanecido sólido, autoridades do Fed indicaram que adotariam uma postura mais lenta em relação ao ritmo das altas do juro, acenando para o quadro de inflação ainda fraca.

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O Fed quase zerou os juros básicos em dezembro de 2008, enquanto batalhava contra a crise financeira e a profunda recessão.

Agora, com a taxa de desemprego a 5,8 por cento, mínima em seis anos, muitos economistas acreditam que o Fed começará a elevá-los por volta da metade do ano que vem, expectativa que já está golpeando os mercados financeiros globais.

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Estimativas trimestrais atualizadas divulgadas pelo Fed nesta quarta-feira mostraram que o banco central espera que a economia dos EUA permaneça nos trilhos apesar do ambiente global fraco, mas não vê a inflação acelerando à meta de 2 por cento em breve.

As projeções, apresentadas como uma faixa que exclui as três maiores e as três menores projeções individuais, indicam que a economia deve crescer entre 2,6 por cento e 3,0 por cento em 2015, sem mudança em relação à projeção de setembro.

Eles esperam que a taxa de desemprego caia à média de entre 5,2 por cento e 5,3 por cento até o fim do ano que vem, leve melhora na comparação com a estimativa anterior.

O Fed, contudo, reconheceu que a inflação deve desacelerar no ano que vem para entre 1,0 por cento e 1,6 por cento, resultado do tombo dos preços do petróleo. O banco central projeta que o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, recue apenas levemente no ano que vem e atinja a meta do Fed até o fim de 2016.

A mediana das projeções para a taxa fed funds --principal taxa de juros do Fed-- foi de 1,125 por cento para o fim de 2015, queda de 0,25 ponto percentual contra a projeção anterior. Autoridades também indicaram desaceleração no ritmo de alta de juros nos anos seguintes.

"A atividade econômica está se expandindo em ritmo moderado", disse o Fed, apontando para o recente relatório de empregos forte como evidência de que a "subutilização dos recursos de trabalho continua a diminuir".

Apesar da queda rápida dos preços do petróleo e do tombo do rublo russo, o Fed não mencionou as recentes turbulências na economia global.

O presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, o presidente do Fed de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, e o presidente do Fed de Filadélfia, Charles Plosser, foram dissidentes.

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