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FHC vê 'crise de autoridade' do governo, mas diz ser contra o 'Fora Dilma': "Acho perigoso e não concordo"

Em entrevista ao Jornal da Record News, ex-presidente condena gritos por intervenção militar

Brasil|Do R7, com Record News*

FHC: "É óbvio que a classe média vai mais depressa às ruas"
FHC: "É óbvio que a classe média vai mais depressa às ruas" FHC: "É óbvio que a classe média vai mais depressa às ruas"

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso enxerga uma "crise de autoridade no governo" atual, identifica uma "crise de estratégia" da Petrobras e entende que as manifestações de rua do último 15 de março ocorreram dentro da normalidade, devido ao caráter "espontâneo" e "provavelmente mais de classe média".

Em entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro, da Record News, que vai ao ar às 21h desta segunda-feira (23), o ex-presidente disse que "é óbvio que a classe média vai mais depressa às ruas que as camadas populares. É sempre assim. Mas também vão as camadas populares".

FHC traçou um paralelo entre as manifestações do dia 15 de março com os protestos de dois dias antes, organizado por centrais sindicais e, especialmente, a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

— A diferença entre essas duas é que a manifestação para apoiar [Dilma] não se sabe o que estava apoiando: contra o arrocho? A favor do governo? Enfim, aquilo era muito organizado, era muito mais a CUT, mais sindical. Não era nem povo, eram sindicalistas organizados. Nada contra, mas só para caracterizar. Enquanto que a de domingo foi muito mais espontânea, mais de gente que não era organizada. Provavelmente mais de classe média.

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O ex-presidente destacou que nas manifestações de domingo (15) "tinha povo, não era só elite", mas é categórico ao afirmar ser contrário ao coro que pede a saída da presidente Dilma Rousseff "no sentido golpista".

— O que vale num país são os cidadãos. Eles estão manifestando como pessoas, pode ser rico, pode ser pobre, pode ser da CUT ou não. Só o que eu não gosto é: “Volta a intervenção militar”, “Fora Dilma” no sentido golpista. Isso eu acho perigoso e não concordo.

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Petrobras

Questionado por Heródoto Barbeiro sobre a venda de ativos da Petrobras para formar caixa, FHC disse que não se trata de uma forma de privatização. No entanto, FHC lamentou o estado da principal empresa brasileira.

— Não, não creio que chegue a tal ponto. [...] É de se lamentar porque mostra que ela está em uma situação de sufoco. Você só vende uma propriedade quando você não tem outro jeito de mantê-la ativa. A Petrobras ficou muito endividada [...]. Acho que houve um erro de estratégia e também ninguém contava com queda do preço do petróleo. [...] É uma grande empresa, espero que saia das dificuldades e volte a ser um dos fundamentos da prosperidade brasileira.

Crise de autoridade

Na conversa com Heródoto, FHC disse ainda que o País vive "uma espécie de crise de autoridade" porque "não é só o Parlamento que toma medidas que não são as mais apropriadas para Executivo".

— Estamos em um momento em que nosso regime tem que ser ajustado.

A entrevista completa vai ao ar nesta segunda-feira (23) no Jornal da Record News, às 21h.

*Com a colaboração de Juliana Godoy, produtora da Record News

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