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Crianças deslocadas: a dura realidade da guerra na Europa

Por Renata Bueno* Em meio ao conflito brutal que arruína a Europa Oriental, milhares de crianças ucranianas foram cruelmente separadas...

Jornal de Brasília|

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Por Renata Bueno* Em meio ao conflito brutal que arruína a Europa Oriental, milhares de crianças ucranianas foram cruelmente separadas de suas famílias e levadas à força para a Rússia. Esses atos desumanos são um retrato angustiante das consequências das guerras modernas e seus impactos devastadores sobre os mais vulneráveis, nesse caso, as crianças. De acordo com a agência de notícias Reuters, aproximadamente 19.500 crianças foram deportadas ou retiradas à força desde o início da invasão russa à Ucrânia. Infelizmente, este número pode ser ainda maior, com suspeitas de mais de 50 mil crianças desaparecidas durante os dois anos de conflito. Há relatos preocupantes de que muitas dessas crianças foram enviadas para campos de reeducação, sujeitas a treinamento militar e até mesmo a mudanças de identidade antes de serem adotadas por famílias russas. O desaparecimento de mais de 100 crianças, documentado pela ONG Save Ukraine, é motivo de grande preocupação e exige que forças armadas tomem ações imediata. A situação é angustiante, com famílias abaladas e crianças perdendo não apenas suas casas, mas também sua segurança e identidade. Organizações como Save the Children e UNICEF estão mobilizadas para oferecer apoio essencial, incluindo cuidados de saúde física e mental, educação à distância e suporte financeiro aos pais. Enquanto as organizações humanitárias lutam para trazer essas crianças de volta ao convívio familiar e à segurança de seus lares, a busca por justiça também está em andamento. Um processo foi iniciado contra o presidente russo, Vladimir Putin, por essas violações dos direitos humanos, com implicações que o impedirão de viajar para países que acatam decisões da Corte Penal Internacional, que atualmente são 123, dentre eles, Canadá, França, Itália, Japão, Nova Zelândia, Suíça, Alemanha e Reino Unido. Essa prática de dominação e extermínio de culturas é recorrente na historia humana. Deslocamento de populações, seres humanos vendidos como escravos, crianças arrancadas do berço para servirem, no futuro, como soldados de um império. O ser humano é a única espécie que mata sua cria. Pensamos, aqui na Europa, que havíamos chegado a um patamar civilizatório, onde essas práticas tinham ficado na história. Mas enquanto assistimos, passivos, a morte, por fome, guerra, desterro de crianças, essa realidade bárbara, não vai mudar. Este é um momento de tristeza e urgência. E essa situação pede que o mundo se una em solidariedade às vítimas desse conflito brutal e que se redobre os esforços para proteger e reunir essas crianças com suas famílias. Renata Bueno é uma parlamentar ítalo-brasileira nascida em 1979 em Brasília, DF, Brasil. Conhecida por seu envolvimento na política e na defesa dos direitos dos descendentes de italianos no Brasil. Renata Bueno foi eleita deputada federal em 2010, sendo a primeira mulher eleita pelo Partido Socialista Italiano (PSI) fora da Itália. Sua atuação política tem sido focada em temas relacionados à cidadania italiana, imigração, e fortalecimento dos laços entre Brasil e Itália. Ela é presidente da Associação pela Cidadania Italiana no Brasil e tem trabalhado para facilitar o processo de reconhecimento da cidadania italiana para descendentes de italianos no país. Além de parlamentar, Renata é advogada e empresária, com o Instituto Cidadania Italiana e Mozzarellart. O post Crianças deslocadas: a dura realidade da guerra na Europa apareceu primeiro em Jornal de Brasília.

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