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Líder do governo critica frase de Cunha sobre consequências de interferência do governo na Câmara

Brasil|Do R7

BRASÍLIA (Reuters) - As declarações do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), de que uma interferência do governo na disputa pela Presidência da Casa terá consequências não são democráticas, afirmou nesta quarta-feira o líder da bancada governista, deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Na véspera, em coletiva a jornalistas, Cunha, que concorre ao comando da Casa, sugeriu cautela ao governo para que não tomasse partido na disputa, pois, segundo ele, uma tomada de posição teria consequências.

“É uma frase infeliz dele. Ameaçar com sequelas não é nada democrático”, disse Fontana a jornalistas nesta quarta.

Três candidatos concorrem à Presidência da Câmara, Cunha, que apesar de ser do maior partido aliado já protagonizou embates diretos com o Planalto; Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já presidiu a Casa e até pouco tempo era o líder da bancada governista; e Júlio Delgado (PSB-MG), que conta com o apoio de partidos da oposição.

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“Se são dois candidatos da base, um do partido do vice-presidente da República e outro do partido da presidenta, qualquer um dos dois tem que saber ganhar ou perder sem ameaçar com sequelas”, disse Fontana.

O líder governista reuniu-se nesta quarta com o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, ocasião em que acertaram trabalhar para que não haja resquícios nas relações do governo com sua base por conta dos embates pelo comando da Câmara.

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Fontana aproveitou a conversa com jornalistas para negar que esteja havendo oferecimento de cargos do governo em troca de apoio à candidatura de Chinaglia, embora tenha admitido que tanto ministros e integrantes do governo do PT como do PMDB estejam agindo e se articulando para garantir votos a seus candidatos.

“Não tem interferência do governo. Tem interferência de todos os atores políticos que disputam a eleição”, disse o líder.

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“Eu entendo que há um processo democrático de disputa de diferentes atores políticos. Estamos aqui elegendo o terceiro cargo da República, a República toda participa. Muitos interesses se movem numa disputa pela Presidência da Câmara”, acrescentou.

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(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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