A solenidade de homenagem à 5ª Marcha das Margaridas, no Senado, se transformou em ato de defesa ao governo da presidente Dilma Rousseff. As participantes carregavam bandeiras com a imagem da presidente e parlamentares se manifestaram em favor do Palácio do Planalto.
As mulheres que participam do evento estão acampadas na capital federal e nesta quarta (21) pela manhã fizeram uma caminhada de pouco mais de quatro quilômetros entre o Estádio Nacional e o Congresso, onde se concentraram.
No início da tarde, uma parte delas foi recebida no Plenário do Senado para uma homenagem. Segundo a organização do evento, a marcha conta com 100 mil participantes.
— No que pese ser um dos principais países do mundo, protagonista em tudo, o Brasil ainda é um País que convive com injustas diferenças entre homens e mulheres — disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que abriu a solenidade.
Ela afirmou ainda que, durante a tarde, será apresentado um projeto que coloca uma cota de cadeiras a serem ocupadas por mulheres no Congresso.
A solenidade no Senado acabou por se transformar em ato de desagravo à presidente, que enfrenta uma crise política tendo perdido parte da base aliada.
— Querem fazer parecer que a crise econômica é culpa da presidente Dilma. [...] Não se pode apostar na tese do quanto pior melhor. É importante que eles saibam que a presidenta não vai renunciar nem ficar impedida de governar até 2018— disse o deputado Odorico Monteiro (PT-CE).
Enquanto ele falava no Plenário, as participantes da marcha, do lado de fora do Congresso, carregavam faixas com os dizeres "Fica Dilma".