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Ministro da Justiça sai em defesa da Petrobras e rebate críticas de Procurador-Geral da República

Mais cedo, Janot sugeriu substituição de direção da estatal e defendeu prisão a envolvidos

Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília

José Eduardo Cardozo avisa: 'não há nenhuma razão objetiva para que os atuais diretores sejam afastados'
José Eduardo Cardozo avisa: 'não há nenhuma razão objetiva para que os atuais diretores sejam afastados' José Eduardo Cardozo avisa: 'não há nenhuma razão objetiva para que os atuais diretores sejam afastados'

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta terça-feira (9) as críticas pesadas feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a gestão da Petrobras. Janot chegou a afirmar que o escândalo que atinge a estatal “convulsiona” o País e sugeriu o afastamento dos atuais diretores.

Cardozo convocou jornalistas e abriu a coletiva dizendo que iria responder à “sugestão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no que diz respeito a substituição dos diretores da Petrobras”. Cardozo argumentou que as investigações das irregularidades não apontaram o envolvimento da atual direção da estatal.

— Nós afirmamos e reafirmamos que não existe quaisquer indícios ou suspeitas que caiam sobre a figura pessoal da atual presidente Graça Foster e os atuais diretores da Petrobras.

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Cardozo enumerou ações de prevenção e de investigação que a Petrobras adotou para combater a corrupção dentro da estatal e concluiu que não existem motivos para o afastamento dos atuais dirigentes. 

— A posição do governo é de que não há nenhuma razão objetiva para que os atuais diretores sejam afastados.

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A procuradoria conduz as investigações da Operação Lava Jato com a constituição de uma "força-tarefa" atuante no Paraná, onde se concentra a apuração do caso, conduzido pelo juiz federal Sérgio Moro.

Janot foi responsável pela criação do grupo de procuradores e é o competente para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de ação penal nos casos em que há envolvimento de autoridades ou parlamentares com foro privilegiado.

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Em um duro discurso na manhã desta terça, Janot classificou a gestão da Petrobras como "um cenário desastroso" e prometeu "não descansar" para fazer com que todos respondam pelos crimes cometidos.

Culpa de Graça Foster

Cardozo garantiu que a atual diretoria tem colaborado com as investigações e considerou uma “injustiça” as acusações sobre Graça Foster. O ministro afirmou que supor que em uma empresa com as dimensões da Petrobras a sua dirigente tenha conhecimento de tudo é “ignorar totalmente a realidade empresarial”.

— Eu acho de uma profunda injustiça com a presidente Graça Foster que se possa dizer que no caso tenha havido aquilo que nós, do mundo jurídico, chamamos de culpa in vigilando, que é a culpa pela ausência de vigilância.

De acordo com Cardozo, até a próxima sexta-feira (12), serão escolhidos os nomes que vão compor a diretoria criada para apurar as denúncias internamente. O ministro explicou que uma empresa será contratada para escolher os ocupantes dos cargos.

— Essa diretoria de compliance, segundo aprovado pela Petrobras, terá um titular com mandato definido e esse titular será escolhido por uma seleção feita no mercado privado. 

Cardozo ainda ressaltou outras medidas adotadas pela atual gestão como as criações do programa de prevenção à corrupção, que está sendo implementada, de uma gerência de gestão corporativa de riscos empresariais, e as reformulações da atuação do comitê de investimentos e das atividades de novos negócios.

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