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Não acredito que julgamento do impeachment de Dilma vá demorar 6 meses, diz José Serra

Senador deve assumir o ministério das Relações Exteriores em eventual governo Temer

Brasil|Do R7, com Agência Estado

Serra prevê que afastamento de Dilma será aprovado "com folga"
Serra prevê que afastamento de Dilma será aprovado "com folga" Serra prevê que afastamento de Dilma será aprovado "com folga"

Provável ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer, o senador José Serra (PSDB-SP) disse nesta quarta-feira (11) não acreditar que o processo de julgamento definitivo do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado dure seis meses, prazo máximo estabelecido pela lei.

— Não acredito que demore seis meses. É até seis meses, mas acredito que vai ser bem antes. Dois meses, três no máximo.

Na sessão de hoje, o Senado está votando apenas o afastamento da petista por 180 dias. Nesse período, a Casa Legislativa passará a analisar o mérito do pedido de impeachment.

Serra previu que o afastamento temporário de Dilma será aprovado "com folga". Para ser afastada temporariamente, basta que 41 senadores votem contra a petista. A oposição e aliados de Temer, no entanto, querem obter 54 votos, quórum mínimo necessário para tirar Dilma definitivamente da presidência. Para Serra, o “Brasil precisa ter um governo”.

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— O quadro político do País mudou, juntando o que era da oposição com o setor externo ligado ao governo, mas que deixaram o governo em uma crise desesperadora, de crise econômica, de descrédito, de investigações e tudo mais.

O senador disse acreditar que a sessão de votação do afastamento temporário, que começou hoje, só acabe na manhã desta quinta-feira. Conhecido por ter hábitos notívagos, Serra brincou e disse até preferir que a sessão entre pela madrugada.

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— Fico até mais alerta. (...) Perto de 2 horas da manhã é meu ponto máximo.

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A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que seu partido terá participação expressiva no governo de Temer.

— Vamos chegar a 10 senadores do PP (apoiando o impeachment). Será, seguranmente, a terceira maior bancada no Senado. Então, isso dá um peso, uma robustez, uma musculatura partidária como bancada, perante o novo governo [...] Se ele [Temer] nao tiver uma base sólida, ele terá dificuldades, como a Dilma teve. A diferença é que ela nao tinha gosto nem habilidade para fazer a interlocução política. Mas o Temer, que foi três vezes presidente da Câmara Federal terá, evidentemente, o conhecimento. Essa habilidade não lhe falta. 

Jucá

Aliado de Temer e possível ministro, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) avalia a possível volta do PT à oposição como “algo legítimo”, que pode ser positivo ao governo do peemedebista.

— O PT estava no governo e, se sair, terá toda a legitimidade para fazer oposição. A oposição pode ser positiva para qualquer governo, porque é importante discutir, abrir espaço ao contraditório e receber críticas. Se o governo souber receber bem as críticas, isso ajuda.

Questionado a respeito da resistência social articulada pelo PT contra o governo peemedebista, Jucá ressalta que a sigla, mesmo que no posto de oposição, deve ser chamado para “debater qualquer tema”.

— Eu acho que qualquer tipo de ação legítima, que respeite a lei e que coloque temes que podem ser discutidos acho que há espaço na sociedade para debater.

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