Com a subida dos níveis nos reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste, que atingiram no final do mês de abril 63% de sua capacidade, o Ministério de Minas e energia estuda a possibilidade de desligar algumas das usinas termelétricas que estão operando atualmente no País.
A informação foi confirmada ao R7 pela assessoria técnica da pasta. A decisão final sobre o desligamento dessas usinas será tomada na próxima quinta-feira (9), em reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico).
A tendência, de acordo com o corpo técnico do ministério, é de que sejam desligadas as usinas “mais caras”, que são movidas a óleo. A assessoria não soube especificar quais seriam e disse que a escolha será feita com base em dados que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentará na reunião.
Brasil tem urânio para abastecer usinas nucleares por mais de 800 anos
Conheça as principais usinas de energia do Brasil
Com o período de seca e o baixo nível dos reservatórios, todas as usinas termelétricas do Brasil estão funcionando desde outubro de 2012. No final do mês de abril, elas eram responsáveis por cerca de 20% da energia produzida no País.
As termelétricas, além de mais poluentes, encarecem o preço da energia para a população, por conta do valor pago pelo governo para abastecê-las com carvão, óleo ou gás — combustíveis que utilizam.
Níveis dos reservatórios
Segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), com as chuvas dos últimos dois meses os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste atingiram 62,4% de sua capacidade.
Essas represas são responsáveis pela geração de 70% da energia que abastece o País.
No Nordeste, segundo sistema mais importante do País, os reservatórios apresentam no final do período de chuva uma situação mais delicada, com o nível de suas represas na casa de 48,8%.