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Para brasileiro, esperar mala estraga o prazer de voar, revela pesquisa

Este foi o único período relatado pelos entrevistados em que há mais insatisfação que alegria

Brasil|Do R7

Espera pela mala traz mais insatisfação que alegria, diz pesquisa
Espera pela mala traz mais insatisfação que alegria, diz pesquisa Espera pela mala traz mais insatisfação que alegria, diz pesquisa

Viajar de avião é uma atividade que desperta emoções positivas em todas as etapas — da compra ao check-in, do embarque ao voo. Apenas uma fase traz desapontamento: a da restituição da bagagem. Metade dos passageiros brasileiros (53%), de acordo com pesquisa da empresa de tecnologia aeroportuária Sita, se sente frustrada nesse momento da viagem, o que torna a espera pela mala o único período em que há mais insatisfação que alegria. O índice é mais alto que a média mundial, de 31% de aborrecimento.

O levantamento, cujos dados referentes ao Brasil serão divulgados neste mês, foi feito em 2015 em aeroportos nos cinco continentes que representam 76% do tráfego mundial. Para o diretor de Vendas da Sita no Brasil, Elbson Quadros, tempo de espera e falta de informação são os principais fatores do dissabor no País.

— A curva de queda no extravio de malas no Brasil tem seguido a média mundial, por isso nossa análise é de que esse não é o maior problema. A questão é que as pessoas ficam ansiosas quando não têm informação. Se elas descessem do avião e recebessem no celular a informação de que a sua bagagem chegou à esteira, uma parte muito grande do estresse seria eliminada.

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O comerciante Jorge Pareja, de 67 anos, diz que nunca teve problemas de extravio, mas reclama da espera.

— A demora é um problema recorrente em todo o País. Congonhas, por exemplo, é um dos piores.

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Ele e a mulher, Cleide, professora de 63 anos, moram em Balneário Camboriú (SC) e viajam com frequência. Para Cleide, a demora, embora exista, é também uma questão de percepção.

— Em voos nacionais, a gente repara mais na demora.

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Serviço

É por isso que 72% dos viajantes do País responderam na pesquisa que gostariam que fosse desenvolvido, pelas companhias aéreas, um serviço para celular de acompanhamento em tempo real do status da mala — demanda maior que a da média mundial, de 63%.

"No Brasil, quando se oferece uma tecnologia no aeroporto, muito rapidamente os passageiros a adotam. Nós somos bem mais arrojados que outros países, o que nos prende é a indisponibilidade de novos recursos", diz Elbson Quadros.

O diretor da Sita afirma que, juntamente com a segurança, o investimento em tecnologias voltadas para acelerar a entrega de bagagens e informar os passageiros é o mais urgente hoje.

— Aeroportos e companhias aéreas não podem deixar de dar atenção a essa área, fica uma imagem ruim para elas.

Apenas 5% das companhias no mundo têm atualmente serviços de atualização de malas via smartphone — até 2017, 66% pretendem oferecer essa opção. Mas a tecnologia ainda não tem previsão para ser instalada no Brasil. A Azul informou que, embora importantes para a indústria, as tecnologias de rastreamento de bagagens ainda exigem custos de implementação "muito altos". A Avianca disse que "está sempre estudando tecnologias disponíveis", mas não especificou se tem planos nesse sentido.

A Gol explicou que tem sistema de acompanhamento de status de bagagem, mas somente quando é extraviada. Já a TAM afirmou que, até o fim do ano, alguns aeroportos terão um sistema de rastreamento em tempo real.

Mala quebrada

Danos e avarias em bagagens também contribuem para a insatisfação dos passageiros brasileiros com a etapa de restituição da mala. "O que me incomoda muito é isso aqui", afirmou a propagandista de remédios Ivi Bastos Reis, de 28 anos, apontando para as alças quebradas de duas de suas malas.

— Nós gastamos R$ 300, R$ 400 em bagagens novas e na primeira viagem já arrebentaram. Acabamos não reclamando, mas deveríamos ter reclamado porque a responsabilidade é da companhia aérea.

Para Ivi, o problema é pior que o extravio, por ser recorrente.

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