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Possibilidade de novas eleições 'não é ideia séria', avalia Gilmar Mendes

Estratégia é defendida pelo PT caso o Congresso aprove o impeachment contra Dilma Rousseff

Brasil|

Gilmar Mendes: "Uma presidente que não conseguiu apoio de 172 deputados não vai conseguir aprovar uma medida como essa"
Gilmar Mendes: "Uma presidente que não conseguiu apoio de 172 deputados não vai conseguir aprovar uma medida como essa" Gilmar Mendes: "Uma presidente que não conseguiu apoio de 172 deputados não vai conseguir aprovar uma medida como essa"

O ministro Gilmar Mendes, presidente eleito do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rechaçou na quarta-feira (27) em evento para celebrar a adesão do Brasil ao Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral, a possibilidade de convocação de eleições gerais antes de 2018.

A estratégia é defendida pelo PT e por integrantes do governo da presidente Dilma Rousseff caso o Congresso aprove o impeachment contra a petista.

Para o ministro, a proposta é inviável porque nem a presidente tem apoio para aprovar a medida no Congresso nem o tribunal dispõe de tempo hábil para cumprir os prazos eleitorais.

— Essa não é uma ideia séria. Do ponto de vista jurídico, há uma série de etapas que precisam ser cumpridas. Do ponto de vista procedimental, seria praticamente impossível conseguir colocá-la em prática diante das dificuldades que é se fazer uma eleição no Brasil. Do ponto de vista político, seria praticamente impossível.

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Para o ministro, seria necessário convencer não só o Congresso, mas todos os governadores e deputados estaduais e distritais — no caso do Distrito Federal — a abrir mão de seus cargos, uma manobra que, para ele, é inviável.

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— Uma presidente que não conseguiu apoio de 172 deputados não vai conseguir aprovar uma medida como essa.

A fala foi uma alusão ao impeachment na Câmara dos Deputados, que passou com 367 votos favoráveis e 137 contrários.

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Outros dois ministros do TSE, em conversas reservadas, também disseram não ver condição para que novas eleições sejam convocadas nem neste nem no próximo ano.

Segundo eles, além de a corte eleitoral estar sobrecarregada com eleições municipais do próximo mês de outubro, seria impossível cumprir, para um novo pleito, a demanda de urnas eleitorais com voto impresso e outras questões práticas, como o prazo para que os eleitores conheçam os novos candidatos.

Reforma

O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE que deixará o cargo em 12 de maio, afirmou que, concluído o impeachment, é preciso pensar em uma reforma política que atenda às demandas do País.

— O Brasil tem, após a solução que seja dada nesse processo, é que repensar o sistema político e eleitoral de uma maneira definitiva.

Com cada vez menos chance de saírem vitoriosos no Senado, PT e governo avaliam enviar ao Congresso uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para encurtar o mandato da presidente em dois anos e, assim convocar novas eleições gerais.

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