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Pretos e pardos são mais pobres e sofrem mais com violência, diz IBGE

A taxa de pobreza das pessoas brancas é 15,4%, frente a 32,9% entre pretos ou pardos, sendo que os jovens sofrem ainda com altas taxas de homicídio 

Brasil|Do R7

Enterro do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 46 anos, no Rio
Enterro do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 46 anos, no Rio Enterro do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 46 anos, no Rio

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira (13) mostram que a proporção de pessoas pretas ou pardas com rendimento inferior às linhas de pobreza definidas pelo Banco Mundial, que atualmente é de US$ 5,50 por dia, foi maior que o dobro das pessoas brancas em 2018.

Com base neste índice, a taxa de pobreza das pessoas brancas era 15,4%, frente a 32,9% entre as pretas ou pardas. Se for considerada a linha de extrema probreza, que engloba pessoas que vivem com menos US$ 1,90 por dia, a diferença também é expressiva, sendo de 3,6% de pessoas brancas com renda neste patamar, frente a 8,8% de pessoas pretas ou pardas.

O estudo também aponta que além de serem mais pobres, pretos e pardos morrem de forma violenta com mais frequência no país. "Em todos os grupos etários, a taxa de homicídios da população preta ou parda superou a da população branca", diz o IBGE.

Os números são ainda mais discrepantes quando é feito um recorte de jovens pretos ou pardos com idade entre 15 e 29 anos, onde este grupo registra uma taxa de mortalidade que chega a 98,5 vítimas para cada 100 mil habitantes, frente a 34 vítimas por 100 mil habitantes de jovens brancos da mesma idade.

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Se a pessoa é preta ou parda, tem entre 15 e 29 anos e é do sexo masculino, a taxa chega a impressionantes 185 mortes por 100 mil habitantes.

"Podemos notar que existe uma estrutura que não é elaborada para a manutenção da vida de negros e negras. Soma-se a isso a ideia de que essa população é a que está sob maior vulnerabilidade social, pois não tem atendidos de forma plena seus direitos básicos, como saúde, educação, saneamento básico, por exemplo. Essa vulnerabilidade gera diversos riscos e favorece a incidência de um índice maior de violência e de letalidade", analisa Heloise da Costa, do Instituto Identidades do Brasil, que desenvolve trabalhos para promoção da igualdade racial no país.

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