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Reunião de mudanças climáticas da ONU em Lima deve ter acordo enfraquecido

Brasil|Do R7

Por Alister Doyle e Valerie Volcovici

LIMA (Reuters) - O encontro sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi estendido e continua neste sábado, deve resultar em um acordo enfraquecido para limitar o aquecimento global e deixará importantes assuntos pendentes para o encontro do ano que vem, em Paris. O ministro do Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar-Vidal, que sedia o encontro, disse aos participantes que uma nova declaração que está sendo elaborada neste sábado não é perfeita, mas mostra alguma unidade. Após duas semanas de negociações no Peru, nações ricas e pobres estão em desacordo sobre como dividir a responsabilidade de impedir o aumento das emissões mundiais e levantar um prometido fundo de 100 bilhões de dólares por ano, até 2020, para ajudar as nações pobres a lidarem com as consequências de um mundo mais quente. A reunião de Lima tem como objetivo estabelecer os alicerces para um novo acordo global que limite as mudanças climáticas, que deve ser fechado em um encontro da ONU em Paris em dezembro de 2015. Porém, muitos itens polêmicos continuam indefinidos. “Estamos empurrando as decisões importantes para Paris”, afirmou um participante neste sábado em um intervalo das negociações sobre como evitar mais enchentes, ondas de calor, secas e a elevação do nível dos oceanos. A China, maior emissora dos gases que causam o efeito estufa, resiste a qualquer revisão de sua política para reduzir as emissões até cerca de 2030, dizem participantes, apesar de alguns estarem esperando maior abertura do país depois de um pacto feito com os EUA no mês passado. “Esse não é o espírito do acordo que foi feito entre Estados Unidos e China”, afirmou Jannifer Morgan, do Instituto World Resources, sobre a posição chinesa. O novo texto expressou “grave preocupação” de que todas as promessas para combater as mudanças climáticas sejam muito frouxas para limitar o aquecimento global à meta de 2 graus Celsius acima do período pré-industrial. O texto detalha como os países submeteriam seus planos internos sobre o tema além de 2020 à ONU, com um prazo final informal de 31 de março de 2015. Isso criaria as bases para um acordo em Paris. Mas o esboço também retira uma importante reivindicação das nações em desenvolvimento, que abriria discussões para indenizações por perdas e danos decorrentes das mudanças climáticas, como tufões e a elevação do nível do oceano.

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