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Advogado que atropelou servidora tem pedido negado e segue preso

Defesa alegou a deficiência da filha, de 4 anos, para pedir prisão domiciliar, mas TJDFT negou o pedido

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Advogado que atropelou servidora continua preso. Vítima passou por traqueostomia
Advogado que atropelou servidora continua preso. Vítima passou por traqueostomia Advogado que atropelou servidora continua preso. Vítima passou por traqueostomia

O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem continuará preso, enquanto aguarda parecer da Justiça sobre a ação penal que responde pelo crime de tentativa de homicídio doloso. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) negou, na última terça-feira (7/9), a liminar solicitada pela defesa para que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar.

O acusado de ter atropelado uma servidora pública alegou uma deficiência da filha, de 4 anos, para pedir a revogação da prisão preventiva. O Código de Processo Penal (CPP) permite que o juiz conceda a prisão domiciliar, quando o acusado é o responsável pelos cuidados especiais de crianças menores de 6 anos ou com deficiência.

Mas a Justiça considerou que o advogado não seria o principal cuidador da filha. "No presente caso, a criança se encontra sob os cuidados de sua mãe, ou seja, encontra-se no seio de sua família natural, inexistindo qualquer elemento que comprove o aumento desarrazoável da vulnerabilidade da criança em razão da ação legítima do Estado".

"Diferentemente do alegado pela defesa, até o momento, não há fatos novos que afastam os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva, restando intocados a comprovação da materialidade do fato e dos indícios suficientes de autoria", destaca outro trecho da decisão.

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Estado grave

Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular do DF, a servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, 40 anos, precisou passar por uma traqueostomia no último fim de semana. O procedimento é recomendado para os casos em que o paciente tem dificuldade para respirar.

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Ela foi atropelada pelo advogado Milhomem, no dia 25 de agosto, em frente à casa dela, no Lago Sul. Câmeras de segurança da residência registraram o momento em que o motorista passou por cima da vítima, após uma discussão. Em estado grave, a servidora foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros em estado grave, e desde então, luta pela vida. 

Depois da agressão, Paulo Milhomem deixou o local do crime e se apresentou à polícia cerca de uma hora depois, acompanhado pelo advogado, e foi preso em flagrante. Em audiência de custódia, a justiça considerou que a prisão foi legal, e o manteve preso preventivamente.

Milhomem responde pelo crime de tentativa de homicídio doloso. Por isso, a Justiça reforçou que a prisão preventiva é necessária para preservar a ordem pública. "A gravidade em concreto do fato praticado, demonstrado pelo modus operandi na prática do delito demonstra que a liberdade do acusado expõe risco à garantia da ordem pública", diz trecho da decisão. 

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