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Desoneração: veja o relatório final que vai ser votado nesta quinta (9)

Proposta vai ser apreciada pelos senadores em plenário; parlamentares têm até 14h para apresentar emendas 

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Membros de centrais sindicais em ato pela desoneração na folha, em Brasília
Membros de centrais sindicais em ato pela desoneração na folha, em Brasília Membros de centrais sindicais em ato pela desoneração na folha, em Brasília

O relator do projeto de lei que prorroga por dois anos a desoneração sobre a folha de pagamento para 17 setores da economia, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), apresentou parecer favorável à matéria em relatório final que vai ser votado no plenário do Senado na tarde desta quinta-feira (9). Há urgência para a aprovação da matéria, quando o prazo da desoneração desses setores acaba no fim do ano.

Leia o relatório completo aqui.

O prazo para envio de emendas encerra às 14h. Até o momento, apenas o senador Esperidião Amin (PP-SC) apresentou uma sugestão de mudança, que foi rejeitada pelo relator. Amin queria a inclusão das empresas dos setores de fundição no rol das beneficiadas pela desoneração. No entanto, o relatório entregue por Veneziano orienta pela aprovação do projeto sem alteração, devido à urgência pela aprovação, para evitar que a matéria retorne à Câmara dos Deputados. 

No texto, Veneziano pontuou não ter observado problemas quanto à constitucionalidade e juridicidade do projeto. "Em relação aos impactos financeiro e orçamentário, entendemos que os estímulos previstos no projeto existem há anos e não configuram inovação relevante no ordenamento jurídico. Portanto, em apertada síntese, a proposição apenas mantém as desonerações dos mesmos setores, prorrogando-as, por mais dois anos", frisou.

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Em relação ao mérito, o senador detalhou no relatório que, "após o aumento da vacinação contra a Covid-19 e, consequente, redução de média de novos casos, o reaquecimento da economia impõe estímulos fiscais e a prorrogação (ou manutenção) dos já existentes." "Assim, ressaltamos que a desoneração proposta neste projeto já consta historicamente em nosso ordenamento e, com a aprovação desta Casa, continuará a atender os mesmos setores", defendeu.

Veneziano falou sobre o cenário de altos índices de desemprego, afirmando que "a não prorrogação da desoneração da folha criaria óbices para a retomada de empregos, ao aumentar os custos de contratação de mão de obra em vários setores que, atualmente, podem optar pelo recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, ao invés da incidência da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento."

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O projeto previa a desoneração dos setores até 2026, mas houve alteração na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para evitar veto do governo federal, que temia maiores perdas na arrecadação. O prazo, então, foi reduzido para 2023. A matéria prevê que os 17 setores em questão paguem a contribuição previdenciária dos trabalhadores sobre o faturamento com alíquota de 1% a 4,5%, e não de 20% sobre os salários.

Setores

O projeto desonera a folha em 17 setores, sendo eles: calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

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No relatório, Veneziano pontuou que como o projeto suaviza encargos que aumentam gastos de empresas, em especial das que utilizam grande volume de mão de obra, pode levantar a possibilidade de aumentar o número de setores beneficiados. Entretanto, para ele, a ampliação demandaria em mais estudos pata determinar as atividades que deveriam ser atendidas com a desoneração, assim como o impacto da medida, e que isso atrasaria a aprovação da matéria.

"Tendo em vista a premência do tempo e a necessidade de aprovação urgente da medida em análise, parece-nos mais apropriada a apresentação de projeto de lei autônomo que veicule a inserção de outras atividades produtivas a serem contempladas pelo mesmo benefício e que, induvidosamente, também são justificadas", pontuou. O senador já comentou a possibilidade de incluir esse aumento de setores no projeto da reforma tributária, que está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Veneziano afirmou que não desconhece as dificuldades enfrentadas por outros setores (citando transporte aéreo, de hotelaria e turismo), e se comprometeu a apresentar, em breve, uma proposição para socorrer outros segmentos.

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