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Ministro do TCU é convidado a esclarecer fala contra resultado da eleição presidencial à Câmara

A Comissão de Trabalho aprovou um requerimento para ouvir o ministro da corte de contas sobre áudios enviados em rede social

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Augusto Nardes durante posse como ministro do TCU
Augusto Nardes durante posse como ministro do TCU Augusto Nardes durante posse como ministro do TCU

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes foi convidado à Câmara dos Deputados para esclarecer declarações contrárias ao resultado da eleição presidencial de 2022. O requerimento foi aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público nesta quarta-feira (23). 

Por não se tratar de um ministro de Estado, mas sim de um membro de uma corte de contas, Nardes pode recusar a participação. O presidente da comissão, deputado federal Leônidas Cristino (PDT-CE), está em contato com o gabinete de Nardes no TCU para o agendamento da data, mas ainda não há confirmação. 

A solicitação ocorre por causa de um áudio enviado por Nardes a empresários do agronegócio em que o ministro afirma estar "acontecendo um movimento muito forte nas casernas [instalações militares]" brasileiras no sentido de uma ação contra o resultado das urnas, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito para a Presidência da República. 

"É questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso", para um "desenlace bastante forte na nação, [de consequências] imprevisíveis, imprevisíveis", disse, no áudio vazado no útimo domingo (20). Após a fala ganhar repercussão, Nardes solicitou licença de cinco dias por questões médicas. 

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O requerimento é de autoria da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e foi assinado também por parlamentares do PT. Ao defender a aprovação, Fernanda disse que a fala de Nardes é "gravíssima e inadmissível". "Qualquer um que apoie, incite ou sequer flerte com atos antidemocráticos não passará impune. Aguardo a presença do ministro do TCU para que ele explique aos parlamentares, e ao povo brasileiro, essa afronta às liberdades democráticas", completou. 

O caso também desencadeou a apresentação de uma notícia-crime pelo PT. O partido pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o imediato afastamento do ministro e a investigação pelos crimes de violação a instituições democráticas, golpe de Estado e ao processo eleitoral, crime de responsabilidade e improbidade administrativa. 

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