A Justiça do Distrito Federal decidiu manter preso João Batista Siqueira da Silva, que atropelou e matou mãe e filha em Planaltina (DF). Elas atravessavam a faixa de pedestres quando foram atingidas pelo motociclista em alta velocidade na última segunda-feira (10).
Durante a audiência de custódia, para definir se ele continuaria preso ou não, a juíza substituta do Núcleo de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) Monike de Araújo Cardoso converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva (sem prazo determinado).
João Batista responderá por duplo homicídio com dolo eventual – quando se assume o risco de matar. Segundo laudo preliminar, ele dirigia a moto a 160 km/h. A velocidade máxima na Avenida Independência, onde o acidente ocorreu, é de 60 km/h.
A magistrada ressaltou a importância de manter a prisão diante da "gravidade dos fatos", para manter a sociedade a salvo da "conduta irresponsável no trânsito, evitando que novas vítimas possam ser atingidas".
“Trata-se de duplo homicídio no trânsito praticado pelo autuado, que conduzia sua motocicleta em altíssima velocidade. Extrai-se dos autos que o autuado sempre passa por aquela via, sempre em alta velocidade. (...) Tenho que, pelo menos em uma análise inicial, o autuado tenha praticado crimes com possível dolo eventual, assumindo o risco do resultado alcançado”, registrou.
Atropelamento
Sandra Sousa Freire, de 33 anos, e a filha Heloisa, de 3 anos, foram atropeladas por um motociclista em alta velocidade ao atravessar a faixa de pedestres na Avenida Independência, em Planaltina. Elas morreram na hora, no local.
O motociclista João Batista Siqueira da Silva dirigia uma moto esportiva a aproximadamente 160 km/h, segundo laudo preliminar do Instituto Médico Legal. Ele já tinha se envolvido em outros acidentes de trânsito por excesso de velocidade, de acordo com o Detran-DF.
Ele foi preso em flagrante, e a 16ª Delegacia de Polícia, de Planaltina, investiga o caso.O motociclista alegou que toma remédios controlados para depressão. O inquérito foi encaminhado para a 2ª Vara Criminal e 2º Juizado Especial Criminal de Planaltina.
Mãe e filha voltavam do dentista na hora do acidente. A vítima deixa uma filha de 15 anos, portadora de necessidades especiais. Amigos a descreveram como uma pessoa alegre e solidária, que estava reunindo brinquedos para serem doados no Dia das Crianças.