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Pacheco defende transporte escolar subsidiado com recursos do Fundeb

Presidente do Senado também defendeu o subsídio do governo às empresas de ônibus como uma forma de 'garantir um direito social'

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, participa de evento sobre transporte público
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, participa de evento sobre transporte público Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, participa de evento sobre transporte público

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (9) que é necessário pensar em novas maneiras de subsidiar o transporte de estudantes usando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). O fundo garante dois terços dos recursos que os municípios investem em educação todos os anos. Em 2022, o orçamento previsto é de R$ 236 bilhões.

"Pensando no cumprimento de mínimos relativos à educação, é muito importante que se possa pensar, sobretudo nas médias e grandes cidades, no transporte de estudantes subsidiado com recursos do Fundeb. É uma lógica absolutamente honesta de pensar porque é muito importante garantir a gratuidade do transporte e a passagem pela metade, mas, obviamente, criando mecanismos para isso", destacou Pacheco em um dos painéis sobre o transporte público no evento LatBus, em São Paulo. A participação de Pacheco aconteceu por videoconferência.

Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que, entre outros pontos, prevê a destinação de R$ 2,5 bilhões para o financiamento da gratuidade de transporte público urbano em 2022. No entanto, organizações do setor de transportes públicos alegam que não é o suficiente para custear o benefício. 

Atualmente, dois programas federais tratam do transporte escolar de alunos: o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnat) e o Caminhos da Escola, ambos ligados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No primeiro, o governo transfere recursos para custos com a manutenção de ônibus escolares. No segundo, o governo oferece ônibus, lanchas e bicicletas a estudantes da rede pública de educação básica que moram, prioritariamente, em áreas rurais.

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O presidente do Senado também defendeu o subsídio às empresas de transporte público como uma maneira de "cumprir um direito social" e cobrou a observação de medidas para equilibrar os contrados de subsídios. 

“É uma obrigação do Estado garantir que o serviço seja continuado e que todos possam ser atendidos. Independentemente do local. É obrigação do município, em todo território do país, oferecer o direito ao transporte. Por isso, o Estado deve participar e, se possível, subsidiar [o transporte coletivo]”, disse.

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Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), uma em cada cinco viagens são feitas com tarifa zero no país. Para o presidente da associação, Francisco Christovam, a discussão só é possível com o cumprimento de uma série de medidas. 

"Geralmente, as cidades que adotam tarifa zero são as que têm fontes de receita orçamentária que permite conceder esse benefício. Como o transporte é um serviço público, ele pode ser tratado como a saúde e segurança", afirmou. "Tarifa zero não significa que a produção do serviço seja zero. Alguém tem que pagar o custo da operação", explicou.

O ônibus é o principal meio de locomoção de 85,7% das pessoas que usam transporte coletivo no Brasil. Os outros 14,3% utilizam metrô, vans e fretados. Os carros são utilizados por 26% da população e as motos por 4%. Já a bicicleta é o principal meio de transporte de apenas 3% dos brasileiros, e 39% andam a pé.

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