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Polícia prende suspeito de espancar mulher trans no DF 

Vítima tem deficiência auditiva, e é alvo recorrente de agressões. CLDF quer que caso seja investigado como homotransfobia

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Caso foi registrado na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)
Caso foi registrado na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) Caso foi registrado na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho)

O homem suspeito de agredir uma mulher transexual em Sobradinho foi preso nesta segunda-feira (17) pela Polícia Militar do Distrito Federal. Ele foi localizado em frente ao Atacadão, às margens da BR-020 após uma denúncia anônima. O crime aconteceu na última sexta-feira (14).

A vítima, de 36 anos, que é deficiente auditiva, sofreu lesões gravíssimas, entre elas, um trauma no maxilar. Por isso, depois de dar entrada no hospital de Sobradinho, foi transferida ao Hran (Hospital Regional da Asa Norte).

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O caso agora é investigado pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Na ocorrência, a corporação trata a vítima como homem, apesar dela se identificar como mulher. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, presidida pelo deputado Fábio Felix (Psol) afirmou que vai atuar no caso para que seja apurado como homotransfobia.

O presidente do Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos do DF, Michel Platini, diz que essa não é a primeira agressão sofrida pela vítima e que o órgão já acompanha a situção dela. Segundo Platini, depois de atendida, a mulher já recebeu alta.

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Um levantamento do Centro aponta que, em 2021, foram registradas pelo menos 391 ocorrências de violência contra a população LGBTQIA+ no Distrito Federal. No entanto, a secretria de Segurança registrou 61 casos de janeiro a dezembro do ano passado. Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu favoravelmente pela inclusão dos crimes de homofobia e transfobia no rol de crimes definidos na Lei do Racismo. 

"Os canais de denúncia, 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e 197 da Polícia Civil do DF (PCDF), estão disponíveis ininterruptamente para os cidadãos. É de extrema importância que a vítima registre o boletim de ocorrência, pois os levantamentos estatísticos ajudam na atuação policial e na elaboração de políticas públicas direcionadas para o público LGBT", informou a pasta.

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