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UnB: regiões mais pobres tiveram mais desemprego, diz observatório

Pesquisa do Observa DF, vinculado ao Instituto de Ciência Política da UnB, apontou impactos socioeconômicos na pandemia 

Brasília|Giovana Cardoso*, do R7, em Brasília

Segundo pesquisa, as taxas de desemprego nas regiões mais pobres são maiores
Segundo pesquisa, as taxas de desemprego nas regiões mais pobres são maiores Segundo pesquisa, as taxas de desemprego nas regiões mais pobres são maiores

Uma pesquisa realizada pelo Observa DF (Observatório de Políticas Públicas do Distrito Federal) mostrou que as taxas de desemprego foram maiores entre a população de baixa renda na capital. O projeto, que tem como objetivo analisar os diversos cenários socioeconômicos da região durante a pandemia da Covid-19, foca principalmente as vítimas de vulnerabilidade estrutural.

Segundo o levantamento, enquanto a taxa de desemprego da população com renda média/alta ficou em 15,8% em abril de 2020, um mês após as primeiras mortes em decorrência da Covid-19 na capital, o número relacionado à população de renda baixa foi quase o dobro, 30,1%.

Os dados apresentados na pesquisa ainda revelam que a atividade de serviços é predominante no DF. Segundo uma das pesquisadoras, Andrea Felippe, esse é um indicativo negativo em um período pandêmico. “Parte desses serviços depende de atividades presenciais, e as medidas contra aglomeração atingiram muito fortemente esse setor”, disse.

Os pesquisadores mencionam que, como as regiões periféricas apresentam menos oportunidades de emprego quando comparadas à região central, os pequenos serviços foram os mais afetados após o surgimento das restrições.

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Ainda de acordo com a pesquisadora, a conclusão do estudo revela que os problemas de desigualdade de renda são questões estruturais. “Dizemos estruturais porque elas seriam anteriores à pandemia, e essa crise que vivemos agora apenas teria reforçado esse processo”, afirma.

O Observa DF apresentará outras 11 pesquisas ao longo dos meses, focando a análise de seis principais eixos – entre eles, políticas públicas em áreas prioritárias, política orçamentária e gastos públicos.

*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro

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