A mulher que foi vítima de uma tentativa de estupro em um sex shop no centro da região do Riacho Fundo 2, no Distrito Federal, nesta quinta-feira (10), precisou voltar ao hospital nesta sexta-feira (11). Ela teve que imobilizar o pescoço pois, durante o ataque, o agressor a segurou pelo rosto e puxou o cabelo e sua cabeça diversas vezes enquanto ela resistia.
Durante as agressões, outros lojistas ouviram os gritos e correram para ajudá-la. Eles teriam espancado o agressor, que morreu minutos depois. A vítima conversou por telefone com a reportagem. Disse que está muito abalada e ainda não tem condições de falar sobre o ocorrido. Ela contou, também, que está com muitos hematomas pelo corpo.
A mulher é proprietária da loja em que o crime aconteceu. Ela afirmou que o estabelecimento comercial ficará fechado pelos próximos dias e negou que o marido estivesse junto com os homens suspeitos de espancar o agressor. Depois de atendida no hospital, ela voltou para casa. A ação foi registrada pelo circuito de câmeras de segurança da loja.
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Na ocasião, o homem se passou por cliente e atacou a vítima depois que ela entrou no provador. Ela reagiu e o agressor passou a tentar dominá-la. Os dois caíram no chão, ele voltou a levantar e a puxá-la para o provador, mas outras pessoas vieram em socorro da mulher logo em seguida. Nas imagens, é possível ver quando um dos homens socou o suspeito.
O momento seguinte, em que o grupo que socorreu a mulher leva o agressor desacordado para fora do estabelecimento, também foi filmado. Ele é arrastado inconsciente para o outro lado da rua e, posteriormente, socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Os militares tentaram ressuscitá-lo por cerca de 50 minutos, mas ele não resistiu.
Apuração do crime
A investigação sobre o caso está a cargo da 29ª Delegacia de Polícia Civil (Riacho Fundo 1). Agentes estão colhendo depoimentos de testemunhas e dos homens que espancaram o agressor. De acordo com o delegado que está com o caso, Lúcio Valente, uma das peças mais importantes no esclarecimento do caso será o laudo cadavérico do IML (Instituto de Medicina Legal), que dirá a causa da morte do homem.
"Dependemos do laudo do IML para saber exatamente o que causou a morte dele e para avaliar a responsabilidade, ou não, das pessoas que foram ao socorro dessa vítima. A gente tem informações ainda não confirmadas que ele [o agressor] era usuário de drogas. Tudo isso vai ser levado em consideração e, com o laudo, vamos ter um conhecimento maior disso", afirmou Valente.