O governo alemão ampliou na última sexta-feira (2) a investigação sobre uma possível fraude de emissão de poluentes nos veículos da Audi, que faz parte do grupo Volkswagen, cuja fraude foi descoberta em 2015 pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, no escândalo que ficou mundialmente conhecido como Dieselgate.
Segundo promotores de Munique, os modelos A7 e A8 teriam um software ilícito que frauda o controle de emissões. Na última semana, o ministro dos Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt, declarou que a empresa usou o software para maquiar testes de motores a diesel.
De acordo com Alexander, o dispositivo era capaz de reconhecer os veículos que estavam sendo examinados, além de trocar seus sistemas de emissão para uma alternativa mais limpa.
O ministro alemão ainda afimou que será necessário recolher 24 mil veículos produzidos pela montadora entre 2009 e 2013 para recall. A Audi alegou que o software estaria provocando poluição acima do permitido pelo União Europeia (UE).
Conforme alega Dobrindt, os modelos, equipados com motores de seis e oito cilindros movidos a diesel, emitem até o dobro de óxidos de nitrogênio (NOx) que o permitido quando o volante é girado a mais de 15 graus. As investigações começaram no início do ano, durante a conferência anual dos executivos da montadora.