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Ford Ranger Sport é descolada e durona até demais

Bom pacote de equipamentos contrasta com suspensão e câmbio desconfortáveis

Carros|Rodrigo Ribeiro, do R7

Com frisos, rodas e mais equipamentos, a Ford Ranger Sport é a versão descolada de sua “irmã” profissional – até mês passado, apenas frotistas e governos contavam com a opção de comprar a versão mais barata da picape, com cabine simples. Dotada do mesmo motor 2.5 flex de até 173 cv de sua “versão PJ”, a Ranger Sport adiciona trio elétrico, direção hidráulica e ar-condicionado por R$ 67.990.

O valor inclui frisos na carroceria (que na versão anterior serviam para esconder as diferenças entre caçamba e cabine, de gerações diferentes), santoantônio, faróis de neblina e rodas de liga-leve de 17 polegadas. Capota marítima e protetor de caçamba não estão disponíveis como itens de fábrica, devendo ser instalados por concessionárias ou lojas de acessórios.

Raça forte

Única picape média com versão voltada para os jovens (Amarok, Hilux e S10 de cabine simples são voltados para uso profissional), a Ranger Sport foca em um nicho próximo à fronteira com picapes pequenas. Não à toa, ela pode incomodar clientes de Volkswagen Saveiro Cross e Fiat Strada Adventure Cabine Dupla.

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A vantagem da Ranger é o exagero: além de ser (bem) mais potente que as picapes pequenas, ela conta com uma caçamba enorme, com 1.800 litros de volume e 1.455 kg de capacidade. Os pontos negativos, porém, são tão grandes quanto a Ranger e vão da cabine para apenas duas pessoas ao seu jeito rústico de ser.

Dianteira tem para-choque exclusivo e farol escurecido
Dianteira tem para-choque exclusivo e farol escurecido Dianteira tem para-choque exclusivo e farol escurecido

Vida dura

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Apesar de ter acabamento honesto e espaço de sobra para seus dois ocupantes, a Ranger exige compreensão de seu dono. Isso porque sua suspensão, embreagem e câmbio duros são quase que inerentes à categoria — do segmento, apenas a Amarok consegue manter a suavidade de suas versões mais caras na opção de cabine simples.

A ausência de câmera de ré e o enorme entre-eixos de 3,2 m dificultam a vida em manobras e balizas. Fora de seu habitat natural (terra e trilhas), a Ranger Sport sofre até pelas vantagens. Com 24,8 kgfm de torque, o motor flex exige cuidado em pisos escorregadios. Sem controle de estabilidade e com tração traseira, a picape requer atenção de motoristas mais afoitos, sobretudo com a caçamba vazia.

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Agroboy

Dotada apenas do “básico” para um modelo de quase R$ 70 mil, a Ranger Sport deve ficar restrita às cidades próximas a polos agropecuários. Isso porque, por mais atraente que ela seja para o consumidor jovem, poucos irão abrir mão de um veículo mais prático no uso urbano para ter uma picape que, de esportiva, só tem o nome.

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