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Rei do envelopamento automotivo conversa com o R7

Nova-iorquino Justin Pate acredita que os brasileiros ainda não conhecem envelopamento

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

Justin Pate fez demonstrações e deu dicas sobre como envelopar carros durante o Cambea 2014
Justin Pate fez demonstrações e deu dicas sobre como envelopar carros durante o Cambea 2014 Justin Pate fez demonstrações e deu dicas sobre como envelopar carros durante o Cambea 2014
Justin Pate no Cambea 2014
Justin Pate no Cambea 2014 Justin Pate no Cambea 2014

Era fim de tarde em São Paulo, plena "hora do rush", mas dentro do pavilhão de exposições do Anhembi o nova-iorquino Justin Pate aguardava sereno seu compromisso do dia. Sem badalação ou tratamento de astro, o instrutor, um dos maiores nomes do envelopamento automotivo mundial, circulava tranquilo pelo estande da Alltack Tuning, empresa que o trouxe para comandar um workshop na feira de Serigrafia, onde aconteceu a 4ª edição do Campeonato Brasileiro de Envelopamento Automotivo (Cambea).

Com 16 anos dedicados ao envelopamento e mais de 3.000 carros personalizados, Justin Pate é um cara simples e extremamente técnico. O rapaz criou até um método chamado UGIS (Universal Graphics Installation System), que pode ser utilizado em qualquer veículo e permite a aplicação de adesivo em até 4 horas. R7 Carros encontrou o craque do envelopamento momentos antes de um time de brasileiros iniciar a tentativa — bem-sucedida — de quebra de recorde mundial, cobrindo um Mitsubishi Lancer de branco fosco em 24 minutos (veja a galeria).

R7 Carros: Como sua carreira começou?

Justin Pate: Comecei em Nova York em 1996, há 18 anos. Trabalhava em uma oficina em Manhattan e fiz vários trabalhos com rappers e artistas do hip-hop, como o Eminem. Eles envelopavam os carros a cada novo álbum! Minha companhia começou há seis anos trabalhando com materiais clássicos, como adesivos foscos, brilhosos, coloridos e tipo carbono, que servem basicamente para alterar a cor do veículo. Atualmente, viajo muito fazendo workshops ao redor do mundo. É minha terceira vez aqui no Brasil.

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R7 Carros: Que tipo de envelopamento você curte mais?

Justin Pate: O estilo depende do cliente. Para mim, o mais interessante hoje em dia é a diversidade. Há uns cinco, seis anos, nós tínhamos basicamente os adesivos foscos e brilhosos (gloss). Agora, temos diferentes tons metálicos, cromados, texturas de todos os tipos... Gosto dessa possibilidade de poder escolher o que eu quiser. Posso ser extremamente criativo. Se o cliente pedir, por exemplo, laranja carbono com preto, posso desenvolver. O que eu mais amo hoje é essa liberdade de customização, que permite criar modelo único.

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R7 Carros: Essa possibilidade de "fazer um modelo único" encarece o envelopamento?

Justin Pate: Na verdade, ganhamos uma multiplicidade de variações/combinações. Mas dependendo do adesivo, obviamente é mais caro. A película que simula fibra de carbono, por exemplo, é mais cara — e as pessoas desejam. No geral, os clientes escolhem materiais mais caros. Nos EUA, as pessoas que envelopam carros costumam gastar entre US$ 15 mil e US$ 20 mil. É bastante dinheiro, por isso os profissionais trabalham até seis dias na semana.

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R7 Carros: Você vê potencial no mercado do envelopamento?

Justin Pate: Acho que envelopamento só vai crescer. Nos Estados Unidos e na Europa, as frotas de táxi já estão sendo "envelopadas" em vez de pintadas. Várias empresas, como DHL e UPS, estão adesivando a frota de veículos em vez de pintá-los. Essas empresas compram modelos de cor branca e mandam adesivá-los, porque é rápido, barato e eles gastam menos dinheiro. E além de personalizar, esses adesivos ainda protegem a carroceria contra arranhões. Há volume e as pessoas estão envelopando tudo. Por isso, acredito que o Brasil seguirá essa tendência.

R7 Carros: A indústria do envelopamento no Brasil ainda é pequena?

Justin Pate: O Brasil tem um mercado poderoso, talvez as pessoas ainda não saibam que o envelopamento existe, que é possível, rápido, simples e barato. Quando olhamos um carro adesivado, muitos deles parecem pintados, parece pintura de verdade. Por isso, acredito que as pessoas não conheçam o envelopamento ainda. E quando descobrem, é instantâneo: "quero fazer isso". Por isso, acredito que é uma questão de demanda e oferta. Basta termos mais profissionais e empresas que saibam fazer bem o serviço.

R7 Carros: O que falta para o envelopamento "bombar" em nosso mercado?

Justin Pate: Talvez ainda não exista um número suficiente de profissionais que realizam este serviço, ou talvez as pessoas simplesmente não saibam que o envelopamento existe e é simples, satisfatório e possível. É por isso que eventos como este (Cambea) são importantes, para mostrar às pessoas que elas podem fazer algo novo, que existe algo inovador e inesperado. Eu costumava envelopar carros pelas ruas de Nova York e as pessoas viam o processo. Acredito que é disso que o mercado precisa.

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