O Ministro da Defesa Raul Jungmann declarou por meio do Twitter que a ação das Forças Armadas e da Força Nacional, em decorrência da greve das polícias civis e militares e dos bombeiros no Rio Grande do Norte, acaba nesta sexta-feira (12).
Entretanto, o ministro afirmou também que, dos 2.800 homens mobilizados para garantir a segurança do Estado durante a greve, “1.000 militares permanecerão lá, em condições de pronto emprego, caso se faça necessário e o Presidente determine”.
A mobilização da Força Nacional e da Força Armada foi autorizada pelo governo federal no dia 21 de dezembro, pouco tempo depois do início da greve, anunciada no dia 19 do mesmo mês.
A paralisação de policiais civis e militares se deu após o atraso no pagamento do salário de novembro, dezembro e do 13.º. Mas a reivindicação é maior: há 23 meses o pagamento dos salários dos servidores estaduais potiguares ocorre fora do mês trabalhado, além das más condições de trabalho que afetam diretamente as atividades.
A greve chegou a ser considerada ilegal no fim do ano passado. O desembargador Cláudio Santos declarou que os policiais que "incentivem estimulem, concitem ou colaborem, por qualquer meio de comunicação, para a continuação da greve no Sistema de Segurança Pública do Rio Grande do Norte pelo cometimento de crimes de insubordinação, motim (no caso específico da Polícia Militar) ou desobediência" na ocasião, poderiam ser presos.
Uma portaria emitida no dia 29 de dezembro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública chegou a autorizar a prorrogação da ação da Força Nacional e da Força Armada por até 180 dias a partir de 1° de janeiro. Entretanto após um acordo com o governo estadual do Rio Grande do Norte, os policiais civis, militares e bombeiros decidiram suspender a greve na última terça-feira (9).
O governo do Estado prometeu aos grevistas que o salário de dezembro será pago até esta sexta (12) e que será aberto uma linha de crédito para o pagamento do décimo terceiro que também está atrasado.
*Com supervisão de Plínio Aguiar, do R7