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'Ele matou o melhor amigo', diz aluna da mesma sala do atirador

Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em atentado

Cidades|Ana Beatriz Azevedo, estagiária do R7*

Atirador foi detido no colégio
Atirador foi detido no colégio Atirador foi detido no colégio

Duas estudantes da mesma classe do adolescente J.C, de 13 anos, que atirou contra colegas de salano início da tarde desta sexta-feira (20) no Colégio Goyases, em Goiânia, falaram com exclusividade ao R7 sobre o momento dos disparos. 

Elas deram detalhes da personalidade e do comportamento do atirador, que matou dois alunos, João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, e feriu outras quatro pessoas. "Ele matou o melhor amigo", conta uma das alunas com quem o R7 conversou.

A identidade das estudantes foi preservada pela reportagem. Uma das alunas afirma que o atirador e João Vitor Gomes eram muito próximos e, segundo ela, J.C falava pouco e defendia ideais nazistas. 

Bullying

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Entre as vítimas do atentado que deixou dois mortos e quatro feridos está João Pedro Calembo.

Segundo a outra estudante da sala do atirador, que faltou nesta sexta-feira por não estar se sentindo bem e, portanto, não presenciou os disparos, João Pedro seria um dos adolescentes que praticavam bullying contra J.C.

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Ela afirma que ele e outros colegas zombaram do mau cheiro do atirador em uma aula nesta quinta-feira (19). A garota diz ainda que, na quarta feira (18), Calembo chegou a levar um desodorante e obrigou o adolescente a passar.

Segundo a mesma estudante, Calembo sentava atrás de J.C e a maioria das pessoas que foram atingidas pelos disparos também ficavam próximas ao garoto na sala de aula. 

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Mais vítimas

A estudante afirmou, porém, que ele não queria atirar somente nas seis pessoas que foram atingidas.

J.C estaria com dois pentes de balas, mas foi impedido de recarregar a arma pelo pai de uma das alunas que trabalha na escola. A arma utilizada no crime era do pai do estudante, um major da Polícia Militar. 

Sobrevivente

Segundo a estudante que estava presente no local, os disparos começaram por volta das 11h40, no intervalo que antecede a última aula da turma do oitavo ano do Ensino Fundamental.

Ela conta que, no momento em que J.C começou a atirar, ela estava próxima a porta da sala ao lado de uma professora. A estudante afirma ter se assustado com o barulho, mas inicialmente acreditou que fosse algum estrondo dos experimentos que estavam preparando para a feira de ciências que aconteceria neste sábado (21) no colégio.

A estudante afirma que só entendeu se tratar de um atentado quando viu a arma na mão de J.C. Segundo ela, o jovem disparou em várias direções. A garota diz que sobreviveu por estar perto e por ter corrido.

O R7 procurou a direção da escola para confirmar as afirmações feitas pelas adolescentes, mas não obteve resposta até o fechamento dessa reportagem. 

A reportagem procurou também a Depai (Delegacia de Polícia de Atos Infracionais), órgão da Polícia Civil de Goiás, para confirmar os fatos, mas até o fechamento desta matéria não obteve detalhes do crime.

*Com supervisão de Peu Araújo.

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