A mãe do garoto de sete anos que teria sido estuprado por um funcionário dentro de uma escola particular no litoral norte de Maceió, em Alagoas, foi ao Ministério Público pedir a prisão do zelador suspeito do suposto crime. Ela também pediu ajuda do Conselho Tutelar e compareceu na secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta quinta-feira (18).
O caso está sendo investigado pelo delegado Nivaldo Aleixo, substituto da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente. Ele informou que ainda não foi possível pedir a prisão do homem porque não foi colhida nenhuma prova do crime. O estupro teria ocorrido na segunda-feira (15), mas a criança só conseguiu passar por exames no IML (Instituto Médico Legal), na tarde de quarta-feira (17). O laudo fica pronto em até 30 dias.
A mãe da criança tentou realizar o procedimento na unidade que funciona no Hospital Sanatório, na terça-feira (16), mas foi informada que por conta da demanda não teria vaga disponível. Ela tentou também em outro IML, mas foi comunicada que não havia médico. A assessoria de imprensa da Perícia Oficial informou que o exame foi realizado na tarde desta quarta-feira (17) e o resultado será encaminhado à polícia.
Ela disse que o médico que realizou o exame admitiu ferimentos nas partes íntimas da criança, mas disse não ter uma ruptura anal. No entanto, o IML não confirma a informação e disse que o parecer médico será dado por meio do laudo.
A mãe notou ferimentos no braço da criança e nas partes íntimas durante o banho. Pressionado, o garoto acabou contando que o abuso teria ocorrido dentro do banheiro. O menino tem uma leve deficiência mental e se referiu ao suspeito do crime como sendo um ‘tio’ que trabalha no local. O garoto relatou ainda que o homem o amarrou para cometer o abuso, por isso as marcas nos braços.
Nesta quarta-feira, a dona da escola foi até a delegacia prestar depoimento e disse que o funcionário foi afastado para preservá-lo. A identidade dele foi preservada. Ela afirmou que ele trabalha no colégio há dez anos e nunca apresentou nenhum comportamento suspeito. A diretora disse em depoimento que a criança estava normal na escola na segunda-feira e nem mesmo o motorista do transporte escolar notou algum tipo de ferimento. O suspeito deve ser ouvido durante a tarde.