Na hora da queima de fogos, durante o Réveillon, assaltantes explodiram uma agência bancária no interior do Rio Grande do Sul. Mas a polícia descobriu a casa que servia de esconderijo para a quadrilha que, só no ano passado, foi responsável por outros seis ataques a bancos.
O bando usava fuzis, espingarda e camisas da Polícia Federal, além de dois carros clonados. Em um deles, uma chapa de aço no banco de trás protegia os criminosos de possíveis disparos. A polícia também apreendeu mais de 10 kg de explosivos. Parte deles já estava pronta para ser detonada, como conta o delegado Joel Wagner.
— Evitamos uma nova ação que haveria nas próximas horas.
Uma mulher de 61 anos e a filha dela, de 38 anos, foram presas. Mãe e filha fariam parte do bando com outros quatro homens, que seguem foragidos. Na casa onde viviam, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, havia cerca de R$ 5.000 em dinheiro roubado. Várias notas estavam danificadas pelas explosões.
O ataque mais recente da quadrilha foi na madrugada de quinta-feira (1º), na cidade de General Câmara, a 70 km da capital gaúcha. A maior agência bancária ficou completamente destruída e, entre os destroços dos caixas eletrônicos, a polícia recolheu vestígios de munição de fuzil. O mesmo que foi apreendido horas depois em Canoas.
No Natal, a mesma quadrilha detonou caixas eletrônicos em Bom Retiro do Sul. A polícia diz acreditar que o banco dava preferência para municípios com menor capacidade de reação aos ataques.