O delegado Gustavo Barcellos, que investiga a morte das adolescentes após um pacto coletivo de suicídio firmado em um grupo fechado em uma rede social, disse nesta sexta-feira (3) que vai reabrir o inquérito sobre a morte de um jovem no dia 27 de abril deste ano em Gramado (RS). Segundo o delegado, o rapaz cometeu suicídio, mas a morte foi tratada de forma isolada. No entanto, a polícia descobriu que ele era amigo e morava na mesma rua da adolescente envolvida no pacto.
Na época, a família chegou a cogitar que ele teria cometido o suicídio após o término de um namoro. Ele morava na mesma rua de Kacita Roque, 14 anos, e também conhecia Kauane.
O delegado informou que os pais serão intimados a depor novamente e que a intenção é saber se mais adolescentes estão envolvidos.
— A prioridade é salvar vidas. É saber quem mais faz parte do grupo.
Kauane morreu no dia 23 de setembro, em Canela, e Kacita, na última sexta-feira (26), em Gramado. Segundo o delegado, elas se conheciam e mantinham contato em uma conversa fechada por meio do Facebook. Kacita estudava na Escola Estadual Ramos Pacheco, em Gramado. Um dia antes da sua morte, cinco estudantes da oitava série teriam ingerido medicamentos de uso controlado levados por uma colega que faz tratamento contra depressão. A polícia está colhendo os depoimentos dos estudantes e disse que as vítimas já foram encaminhadas para tratamento psiquiátrico.
— As que sobreviveram apresentam os mesmos sinais, lesões no pulso. É uma marca do grupo.
Polícia investiga morte de adolescentes após pacto coletivo no RS