O Laboratório Sismológico da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) registrou, por meio do Serviço Meteorológico dos Estados Unidos, três terremotos a 1.270 km da costa cearense, e um outro tremor próximo à costa pernambucana no domingo (19) e nesta segunda-feira (20).
— "Não há motivos para pânico, mas é sempre bom a gente saber, pois é uma atividade sísmica ativa, que existe no Oceano Atlântico e pode ser sentida com mais intensidade na nossa costa, como aconteceu em 1972, quando foi registrado um terremoto de sete graus de magnitude"—, disse o pesquisador da UFRN, Joaquim Mendes Ferreira.
Os três tremores aconteceram em um aglomerado ao norte da costa do Ceará. O primeiro aconteceu às 20h51 (horário de verão), com magnitude de 4,9 graus na escala Richter, que vai até nove graus. O segundo terremoto foi às 21h06 também com 4,9 graus. Já aos 56 minutos desta segunda-feira houve um abalo de 4,8 graus.
Na costa de Pernambuco, também foi registrado, no domingo, um outro tremor de 4,8 graus às 23h46, com epicentro localizado a aproximadamente 775 km do nordeste da Ilha de Ascensão.
Outros tremores
O maior tremor verificado neste ano ocorreu em 27 de julho, com 6,0 graus, a 2,8 mil km de Belém (PA). No dia 12 de outubro, um tremor de magnitude 5,3 graus foi anotado pelo Serviço Meteorológico dos Estados Unidos. O epicentro daquela vez foi a 951 km a sudoeste da Ilha de Santa Helena e a 3.220 km do Rio de Janeiro.
A terra no Nordeste está tremendo em escalas abaixo de dois graus diariamente em áreas cearenses e potiguares.
— "São eventos na área de Sobral, no Ceará; e Pedra Preta, no Rio Grande do Norte, que têm áreas sísmicas ativas. Não dá para prever se podem acontecer grandes tremores como estão acontecendo na Cordilheira Meso Oceânica"— , explica Joaquim Ferreira.