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Ações da Petrobras já caem mais de 4,5% após troca no comando da estatal

Recuo dos papéis da empresa e inflação acima do esperado influenciam na queda da Bolsa nos primeiros negócios do dia

Economia|Do R7, com Reuters

Analistas temem interferência do governo na Petrobras
Analistas temem interferência do governo na Petrobras Analistas temem interferência do governo na Petrobras

O principal índice da Bolsa brasileira caía cerca de 1% nos primeiros negócios nesta terça-feira (24), após o governo federal decidir fazer nova troca de comando na Petrobras e na sequência de dado da prévia da inflação de maio acima do estimado pelo mercado, embora com desaceleração firme ante abril.

Às 13h20, as ações preferenciais da petrolífera estatal (PETR4) cediam 4,56% e eram vendidas a R$ 31,11. No mesmo horário, os papéis ordinários da empresa (PETR3) caíam 3,69%, negociados a R$ 34,14.

Com a queda das ações da estatal, o Ibovespa, o principal índice acionário da Bolsa do país, caía 0,88%, a 109.373,77 pontos. Com o movimento, o índice caminha para a primeira baixa após três altas em sequência.

As ações da Petrobras na Bolsa de Nova York despencavam perto de 12% no pré-mercado, para US$ 14,36. Investidores atribuem a movimentação à decisão de trocar novamente o comando da estatal após apenas dois meses.

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José Mauro Ferreira Coelho é o terceiro presidente da Petrobras demitido por Bolsonaro por causa dos preços dos combustíveis, o que aumentou a preocupação de analistas com interferência do governo na companhia. Caio Mario Paes de Andrade, um alto funcionário do Ministério da Economia, foi indicado para o cargo.

A demissão veio após a empresa ter se recusado a vender combustíveis com desconto aos consumidores, advertindo que isso levaria à escassez de diesel. As ações da Petrobras caminham para registrar a pior sessão desde fevereiro de 2021, quando caíram 21% depois da demissão de Roberto Castello Branco. Os papéis da estatal acumulam alta de 48% neste ano.

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Os investidores provavelmente verão a mudança como uma intervenção direta relacionada ao preço do combustível no Brasil, disse o JPMorgan em nota ao mercado. "O Sr. Coelho havia repassado um aumento no preço do diesel em seus 40 dias de mandato. Esperamos uma reação negativa ao anúncio das ações da Petrobras", acrescentou.

Segundo o BTG Pactual, "embora a governança corporativa da Petrobras tenha evitado até agora interferências mais diretas, nós tememos que o verdadeiro teste ainda esteja por vir". "Em última análise, achamos que o novo presidente da estatal enfrenta um difícil dilema: como preservar o próprio emprego seguindo as políticas da empresa e sem comprometer a disponibilidade de combustível do Brasil?"

O banco destacou que é importante seguir os preços internos na paridade de importação "para manter um abastecimento saudável de combustível para o país, que depende de importações e cuja oferta é suficiente para atender à demanda". 

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