A greve dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deixou um estoque de 1,3 milhão de pedidos de perícias em todo o País. O tempo médio de espera pelo atendimento aumentou 345%, de 20 dias para 89 dias.
Como a regra de concessão do benefício prevê a liberação do pagamento só após a perícia e a empresa remunera apenas os 15 primeiros dias de afastamento, os trabalhadores ficam dez semanas sem nenhuma renda até a realização da perícia.
A greve começou no dia 4 de setembro de 2015 e os peritos voltaram ao trabalho no último dia 22, após negociarem um reajuste de 27,5%, dividido em quatro anos. Em agosto, a categoria terá um aumento de 5,5%, as outras três elevações nos salários serão em janeiro de 2017, 2018 e 2019.
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Os peritos terão seis meses para repor as horas paradas durante a greve. No entanto, o INSS não apresentou nenhum plano emergencial de atendimento para reduzir o estoque de perícias agendadas. Durante a greve, os peritos mantiveram um atendimento parcial de 30% do quadro.
Na maioria das capitais, o tempo de espera supera a marca de 50 dias: Rio de Janeiro (144 dias), Salvador (139 dias), Recife (123 dias), São Paulo (116 dias), Fortaleza (90 dias), São Luiz (82 dias) e Porto Alegre (50 dias).