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BC faz corte mais profundo na Selic e indica nova redução

MACRO-COPOM-REPERCUSSAO:BC faz corte mais profundo na Selic e indica nova redução

Economia|

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central cortou nesta quarta-feira a taxa básica de juros à mínima histórica de 3% ao ano --redução de 0,75 ponto percentual, mais forte do que a prevista pelo consenso de mercado-- e sinalizou uma última diminuição à frente, não maior do que a atual, para complementar o estímulo monetário necessário em meio aos impactos da pandemia de coronavírus na economia.

Veja comentários de profissionais do mercado financeiro sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom):

MAURICIO ORENG, SUPERINTENDENTE DE PESQUISAS MACROECONÔMICAS, SANTANDER BRASIL

"A decisão do BC hoje mostrou que a instituição se guiou mais por fatores de curto prazo --sobretudo choque de demanda-- do que por elementos estruturais, como a questão fiscal. De forma geral, achamos que a escolha (por um corte de 75 pontos-base) foi correta. Com as ponderações feitas, o Copom ganha tempo para observar e avaliar a próxima decisão nesse ambiente de incerteza muito grande."

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PABLO SPYER, DIRETOR DE OPERAÇÕES, MIRAE ASSET

"Vai ter mais um corte na reunião que vem. O Banco Central deixou claro que considera um último ajuste na reunião que vem, e o corte de hoje foi maior que aquele que a maioria esperava. Acho que há uma aposta implícita do BC de que vai ser possível o mercado andar com as reformas. Eu não acredito que se o BC achasse que está muito difícil avançar com as reformas faria um movimento tão agressivo quanto esse. De toda forma, mudei agora a projeção de corte para 25 pontos-base na próxima reunião, de 50 pontos-base antes."

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ÉTORE SANCHEZ, ECONOMISTA-CHEFE, ATIVA INVESTIMENTOS

"Os indicadores de alta frequência mostraram uma evolução desastrosa da atividade, e por isso esperávamos esse corte de 75 pontos-base. Acho que virá novo corte de 50 pontos-base em junho, tendo como cenário-base que um alívio nas restrições de mobilidade social e de atividade de empresas possa começar a ser percebido nos indicadores econômicos de junho. No mercado, os juros futuros deverão começar a precificar corte entre 50 pontos-base e 75 pontos-base para a próxima reunião, e a Selic projetada pelo DI janeiro 2021 deverá ficar em torno de 2,50% ou um pouco menos. O dólar pode ter uma pressão na abertura, mas vejo os mercados digerindo a decisão ao longo do dia e a moeda fechando longe das máximas."

(Por José de Castro e Gabriel Ponte)

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