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BC reduz taxa básica de juros pela quarta vez seguida, para 12,25% ao ano

Corte de 0,75 ponto percentual leva a Selic ao menor patamar desde janeiro de 2015

Economia|Do R7

Sequência de quatro baixas consecutivas dos juros básicos não era vista na economia nacional desde o fim de 2012
Sequência de quatro baixas consecutivas dos juros básicos não era vista na economia nacional desde o fim de 2012 Sequência de quatro baixas consecutivas dos juros básicos não era vista na economia nacional desde o fim de 2012

A taxa básica de juros da economia brasileira foi reduzida pela quarta vez seguida nesta quarta-feira (22). Ao decidir cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, o Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), leva a taxa ao patamar de 12,25% ao ano, menor valor desde janeiro de 2015.

A sequência de quatro baixas consecutivas da Selic não era vista na economia nacional desde outubro de 2012, quando a taxa passou ao patamar 7,25% ao ano.

A decisão de reduzir novamente a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual foi tomada por unanimidade após dois dias de reuniões. Além do presidente do BC, Ilan Goldfajn, votaram a favor do corte Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

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Em nota emitida após o fim do encontro, o Copom afirma que o conjunto dos indicadores de atividade econômica mostram sinais compatíveis com estabilização da economia no curto prazo e cita o comportamento favorável apresentado pelos últimos índices de inflação.

"O processo de desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta favorável", destaca o documento.

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O veredito do BC atende às expectativas do mercado financeiro. Os economistas consultados semanalmente pelo BC apontavam justamente para um recuo de 0,75 ponto percentual na taxa de juros após as reuniões desta quarta-feira.

As seguidas reduções da Selic sinalizam que a economia brasileira está voltando à estabilidade após a crise que atravessou o País. Agora, o BC divulga a ata da reunião na quinta-feira da semana que vem (2), com as explicações sobre a decisão.

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Taxa básica

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa a 12,25% ao ano vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.

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