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CDB torna-se cada vez mais competitivo para atrair investidores

Poupança ainda se destaca quando o assunto é renda fixa, mas as instituições financeiras estão mudando o cenário com ofertas de maior rentabilidade e liquidez diária

Economia|Cleide Oliveira, de R7 Conteúdo e Marca

Em um cenário de juros negativos, poupança ainda é destaque quando o assunto é renda fixa
Em um cenário de juros negativos, poupança ainda é destaque quando o assunto é renda fixa Em um cenário de juros negativos, poupança ainda é destaque quando o assunto é renda fixa

Após figurar entre os países com os maiores juros reais do mundo na última década, o Brasil vive uma transformação desde o ano passado, quando entrou para o clube das nações com juros negativos (ou rentabilidade negativa). Isso preocupa os investidores de renda fixa, com rendimento vinculado à taxa Selic, especialmente os que optam pela poupança. Mais comum em nações desenvolvidas, como os da Europa, Japão e Estados Unidos, os juros negativos ganharam destaque após a crise internacional de 2008, quando esses países precisaram reduzir suas taxas para estimular suas economias em um ambiente de inflação muito baixa.

Em 2020, os juros reais negativos passaram a ser a realidade de muitos países, que precisaram fazer ajustes para frear o efeito colateral dos estragos da pandemia. No Brasil, “a situação não está totalmente ligada à Covid-19, mas muito mais aos ajustes econômicos que têm sido feitos para o País sair da crise econômica que viveu nos últimos anos”, acredita Fabien Tournier, CFO do Banco RCI Brasil. “O fato é que a pandemia trouxe um efeito-surpresa e a inflação começou a ficar um pouco acima do esperado, puxada pela alta do preço dos alimentos. Com juros negativos, fruto da taxa Selic no menor índice da história (2% ao ano) e no possível aumento inflação (2.12% para 2020, segundo o último boletim Focus), os investidores de renda fixa estão preocupados”.

Isso faz com que a poupança ainda tenha destaque, infelizmente. “É importante que todos saibam que o rendimento da poupança está inferior ao da inflação e que há CDBs que rendem muito mais que a poupança e acima da inflação”, orienta.

Diretor administrativo-financeiro da instituição, que é braço das montadoras Renault e Nissan nas ações de financiamento de veículos, ele é o responsável por operacionalizar a estratégia de diversificação de produtos de investimento e pela inovação na carteira de produtos, em plena crise global. “Recentemente, decidimos atuar de modo um pouco mais agressivo em termos de taxas”, explica ele, confirmando uma tendência.

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Realmente, os números do portfólio do Banco RCI Brasil são de encher os olhos do investidor. O CDB escalonado, com liquidez diária, aumentou sua rentabilidade de 124% para 128% do CDI. É um produto que permite à rentabilidade do investimento um aumento a cada três meses, até o vencimento da aplicação (que tem um prazo de dois anos). As taxas são escalonadas, uma progressão que agora começa com 108% (era 104%). No total, a rentabilidade acumulada será de 117% do CDI.

Para Fabien Tournier, esta é a melhor opção para quem busca liquidez diária no investimento sem necessariamente precisar dele a curto prazo. “O valor fica disponível para emergências, mas, para quem não tem pressa, a vantagem é que o rendimento médio vai compensar”, orienta. Outro benefício do CDB escalonado é ser indicado para perfis conservadores e também para aqueles que buscam uma proteção ao seu patrimônio. 

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Carteira diversificada

Primeiro lançamento do Banco RCI no Brasil, o CDB de liquidez diária foi lançado em março de 2019 como uma estratégia para diversificar as fontes de funding da instituição. “Desde o princípio, a ideia foi ampliar nossas fontes de financiamento”, explica Tournier. O produto começou o ano de 2020 com uma taxa de 104% e saltou oito pontos na nova tabela, atingindo 112% do CDI.

“Começamos com os [financiamentos de] carros, que eram o mais lógico devido ao segmento de atuação da Nissan e Renault. Mas vimos em 2018 que havia possibilidade de diversificar ofertas para pessoas físicas, em termos de investimentos”. Com sua vasta experiência no mercado de renda fixa europeu, o próximo passo tornou-se óbvio: oferecer a oportunidade de investimento nesse nicho.

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Campanhas de incentivo e garantias

Produto recém-incorporado à carteira de renda fixa, o CDB com vencimento em três anos agora oferece uma taxa de 135% do CDI. “Mais uma opção para o cliente que busca um investimento de médio prazo”. Com esse novo integrante, o portfólio passa a ter quatro modalidades de CDB: liquidez diária, escalonado com liquidez diária, pós-fixado e prefixado, totalizando sete produtos.

Houve aumento expressivo nos produtos com liquidez no vencimento. Os de um ano, passaram de 112% para 120% do CDI; e de dois anos, foram de 114% para 130% do CDI. Além disso, a instituição lançou novas campanhas de incentivo. “Quem investe mais de R$ 5 mil nos três produtos pós-fixados com vencimento pode receber um cashback de até 1% do valor investido. Já na campanha Indique e Ganhe, o banco remunera quem aplica ao menos R$ 5 mil com um bônus de R$ 50 convertidos em CDB de liquidez diária. Se meus indicados somarem R$ 10 mil de aplicações, o ganho é de R$ 100 em bônus”, explica Tournier. A mecânica é válida também no caso de cinco pessoas investindo R$ 2 mil.

Apesar de ser um especialista no mundo dos investimentos, Fabien se considera “um investidor de perfil conservador”, que se preocupa com a segurança e acredita que todos devem ter uma reserva para tempos difíceis. Para atrair investidores com a mesma filosofia, o Banco RCI Brasil reduziu o valor mínimo das aplicações e passou a oferecer opções com aportes a partir de R$ 50.

Juros negativos x Covid-19

Sobre o aprendizado pós-pandemia, Fabien acredita que os brasileiros entenderam a importância de guardar dinheiro. “Há a necessidade de ter uma parte dos investimentos na reserva de emergência e, idealmente, em um produto de renda fixa com rentabilidade e liquidez diária, como um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de uma instituição segura”, defende.

“Com a simples observação dos países europeus com juros negativos, região onde atuei por muitos anos, é possível verificar que a renda fixa nunca vai acabar e, no Brasil, ainda pode ser um segmento bem competitivo. Acho importante destacar que não dá para colocar todos os ovos na mesma cesta e não dá para investir apenas em renda variável. Verificamos isso neste ano, em que muita gente acabou perdendo dinheiro quando mais precisava dos investimentos”.

Quanto ao futuro do país e dos investimentos, “assim como nas economias desenvolvidas e que contam com juros baixos, o Brasil (independentemente da taxa de juros) continuará tendo bons produtos na renda fixa. Esta é a hora de o brasileiro fazer boas escolhas e saber investir para cada tipo de sonho ou projeto", conclui.

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