A TopShop, rede de fast fashion inglesa que chegou ao Brasil com estardalhaço em 2012, corre o risco de fechar três das quatro lojas que mantém em São Paulo. Motivo: ações de despejo por falta de pagamento de aluguel. São três processos movidos pelo Grupo Iguatemi, relativos aos pontos que ocupa no JK Iguatemi, no Market Place, na capital paulista, e no Iguatemi Ribeirão, no interior do Estado.
Os problemas começaram em 2013, quando a SAR Comércio de Vestuário e Acessórios, responsável pela operação da rede inglesa em São Paulo, ficou cinco meses sem pagar aluguel. O contrato originalmente previa que a TopShop ocupasse os pontos por períodos de dez anos, a partir de 2012.
Em dezembro passado, a empresa fez um acordo para pagar ao Iguatemi o valor de R$ 494.598,90. Porém, deixou de pagar os aluguéis dos meses seguintes.
Segundo o processo, em 1º de fevereiro deste ano, a dívida passava de R$ 750 mil, quantia que se refere apenas ao ponto do shopping JK Iguatemi — somados os pontos dos outros dois shoppings, as cifras passam de R$ 1 milhão.
Isso quer dizer que a TopShop vai fechar? A julgar pela inadimplência crônica — no caso do JK Iguatemi, os problemas começaram em agosto de 2013 — seria o caso de as fãs da marca correrem para comprar as peças antes que seja tarde. Mas, claro, sempre há chance de um acerto entre as partes.
“Não recebemos e desconhecemos qualquer notificação sobre o assunto. A marca continua apostando no mercado brasileiro e tem programada uma estratégia de expansão para os próximos meses”, afirmou a TopShop por meio de sua assessoria de imprensa, sem comentar a dívida ou planos para pagá-la. O Iguatemi não quis comentar o caso.
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