SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Siderúrgica Nacional informou nesta quarta-feira que conseguiu reverter uma decisão da Justiça que impedia a presença de seus representantes na reunião do Conselho de Administração da rival Usiminas.
Os conselheiros indicados pela CSN e aprovados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Ricardo Antônio Weiss e Gesner José Oliveira Filho, estão participando da reunião do Conselho da Usiminas, que ocorre nesta manhã.
A reunião, que estava marcada originalmente para 12 de maio e acabou sendo suspensa após uma primeira decisão da Justiça em meio à guerra de ações abertas pelos controladores da Usiminas contra a presença da CSN no colegiado da rival, tem na pauta a eleição de diretores, incluindo presidente-executivo, para a produtora de aços planos.
A decisão judicial, emitida pelo desembargador Kassio Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª região em Brasília, teve de ser levada pelos conselheiros indicados pela CSN para que conseguissem ter acesso à reunião, que ocorre na sede da Usiminas em São Paulo.
Marques permitiu a participação dos conselheiros indicados pela CSN poucos dias depois que o desembargador Jirair Aram Meguerian havia impedido a presença de representantes do grupo siderúrgico de Benjamin Steinbruch no Conselho da Usiminas.
O plenário do Cade aprovou a indicação dos conselheiros da CSN para a Usiminas no final de abril, em uma decisão por 3 votos a 2 que reverteu determinação tomada anos antes pelo órgão de defesa da concorrência e que impedia a CSN de exercer direitos políticos na rival.
A Usiminas é controlada pelos grupos Techint e Nippon Steel e a CSN é um dos quatro principais acionistas da produtora de aços planos, com 14,1 por cento das ações ordinárias e 20,7 por cento dos papéis preferenciais.
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(Por Alberto Alerigi Jr.)