O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira (30), em linha com a trajetória de baixa de praças acionárias no exterior, em meio a preocupações persistentes com o surto de coronoavírus, que começou na China, mas já atinge vários países.
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Às 11h35, o Ibovespa caía 1,63 %, a 113.506,89 pontos. Na mínima, chegou a 113.250,17 pontos, menor patamar intradia em seis semanas. O volume financeiro somava R$ 4,4 bilhões.
"O contágio do coronavírus está se espalhando muito mais rápido do que o esperado", afirmou Yves Bonzon, diretor de investimentos do banco suíço Julius Baer.
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"A situação é claramente muito séria, mas também nos lembra que, na verdade, ninguém sabe como a situação evoluirá no curto prazo e que mesmo opiniões de especialistas não são confiáveis", acrescentou, em relatório a clientes.
"Claramente haverá um impacto (na economia), apenas a magnitude é desconhecida", acrescentou.
A Comissão Nacional de Saúde da China disse nesta quinta-feira que o número total de mortes pelo novo coronavírus confirmadas no país aumentou em 38 para 170 no final de quarta-feira. Os casos confirmados chegaram a 7.711.
Foram relatadas infecções em pelo menos 16 outros países, com 105 casos confirmados. O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde vai se reunir nesta quinta-feira para decidir se o vírus constitui uma emergência global.
"A percepção dos impactos na economia global com o avanço do vírus vem causando um movimento maior na busca por ativos de menos risco", destacou a Elite Investimentos, acrescentando que a agenda fraca e o recesso parlamentar no Brasil expõem o Ibovespa ao cenário internacional.