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Crédito no Brasil deve ter em 2014 menor crescimento em pelo menos uma década

Pelo menos para os próximos meses não há sinais de reversão, segundo especialistas

Economia|

Se a previsão do BC se confirmar, a expansão de 12% do crédito no Brasil em 2014 já será a menor da série histórica iniciada em 2007
Se a previsão do BC se confirmar, a expansão de 12% do crédito no Brasil em 2014 já será a menor da série histórica iniciada em 2007 Se a previsão do BC se confirmar, a expansão de 12% do crédito no Brasil em 2014 já será a menor da série histórica iniciada em 2007

Os primeiros balanços de bancos referentes ao segundo trimestre confirmaram o que até há pouco era só uma suspeita: a expansão do crédito em 2014 no Brasil deve ser a menor em pelo menos uma década.

O Bradesco, segundo maior banco privado nacional, anunciou nesta quinta-feira (31) que sua carteira avançou modestos 8,1% em 12 meses até junho. O Santander Brasil foi ainda mais fraco, ao ver sua carteira ampliada avançar menos de 5%.

Os números deram contornos ainda mais dramáticos ao que havia mostrado o Banco Central na terça-feira (29), quando revelou que o crédito do sistema financeiro havia crescido 11,8% anualmente até junho. Neste aspecto, os números de Bradesco e Santander estão mais próximos do crédito livre, que avançou apenas 5,5%.

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O presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco recorreu ao otimismo ao dizer nesta quinta-feira (31) que vê condições de atingir o piso da faixa estimada pelo banco para o ano, de 10% a 14%. O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, jogou a toalha e só vê aceleração em 2015.

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Mas mesmo essas previsões soam protocolares, num momento de desaceleração da economia do país, pontuado por inflação alta e baixa confiança de consumidores e empresas.

Pelo menos para os próximos meses não há sinais de reversão, segundo especialistas, apesar de continuados estímulos fiscais do governo federal para incentivar o consumo e de flexibilização nos depósitos compulsórios e em requerimentos de capital anunciados na semana passada pelo Banco Central.

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"As novas medidas vêm num momento em que os bancos adotam normas mais conservadoras de crédito em resposta ao crescimento fraco, e é improvável que abandonem a sua postura avessa a risco", afirmaram os analistas Alcir Freitas e Celina Vansetti, da Moody's, em relatório nesta quinta-feira.

E o conservadorismo pode se acirrar, à medida que sinais de que o ciclo de queda da inadimplência dos últimos trimestres esboçam uma reversão. Na base sequencial, o índice de atrasos acima de 90 dias do Bradesco oscilou de 3,4% para 3,5% no segundo trimestre. O do Santander foi de 3,8% para 4,1%.

Em relatório, analistas do BTG Pactual consideraram difícil que o Bradesco consiga crescer sua carteira em dois dígitos. "Achamos que o bancos terão que fazer um esforço extra para entregar mesmo o piso da previsão para o ano", escreveram os analistas Eduardo Rosman, Gustavo Lobo e Jose Luis Rizzardo.

A esta altura, a se confirmar a previsão do BC, a expansão de 12% do crédito no Brasil em 2014 já será a menor da série histórica iniciada em 2007. Considerada a série anterior, com metodologia diferente, o desempenho seria mais fraco até do que o registrado em 2004.

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