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Distribuidoras de energia terão de pagar R$ 300 milhões do próprio bolso

Gasto deve atingir R$ 300 milhões e empresas terão entre quinta (7) e sexta-feira (8) para pagar

Economia|Do R7

Investidores, sobretudo estrangeiros, questionam as empresas sobre os rumos do setor
Investidores, sobretudo estrangeiros, questionam as empresas sobre os rumos do setor Investidores, sobretudo estrangeiros, questionam as empresas sobre os rumos do setor

Com a demora do governo em fechar um acordo com os bancos e garantir um novo empréstimo para o setor elétrico, as distribuidoras terão de contar com dinheiro do próprio caixa para bancar as despesas com a compra de energia no mercado em junho, pelo menos temporariamente. O gasto deve atingir R$ 300 milhões e as empresas terão prazo entre quinta-feira (7) e sexta-feira (8) para pagar.

Diferentemente do adotado na liquidação de maio, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não vai adiar o prazo do desembolso de junho. Um novo adiamento seria um sinal "muito ruim" para o mercado. Investidores, sobretudo estrangeiros, questionam as empresas sobre os rumos do setor, cada vez mais imprevisível e dependente de aportes emergenciais.

Na semana passada, a Aneel prorrogou o prazo para o pagamento pelas distribuidoras da energia comprada em maio, que totalizou R$ 1,3 bilhão. Esse prazo, originalmente, acabava no início de julho, mas foi adiado para o dia 31 de julho na expectativa de que o acordo com os bancos fosse fechado. Como isso não ocorreu, a Aneel adiou novamente a data — agora, para 28 de agosto.

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A data do pagamento da energia de junho, no entanto, será mantida. Como a despesa é bem menor do que em maio, o governo avaliou que as empresas poderiam, por ora, bancar essa conta com caixa próprio.

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A Aneel, porém, não vai deixar as empresas sem cobertura por muito tempo. Nesta sexta-feira, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) fará uma assembleia para aprovar novo empréstimo de R$ 6,5 bilhões para as distribuidoras. Com o financiamento, o dinheiro deve chegar às mãos das companhias até o próximo dia 15.

Complicações

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O governo tem se deparado com mais dificuldades para fechar o financiamento com os bancos ao setor. O primeiro empréstimo, de R$ 11,2 bilhões, foi contratado com juros correspondentes ao CDI (taxa de juros interbancária), mais 1,9% ao ano. Para o novo valor negociado, de R$ 6,5 bilhões, as instituições querem uma remuneração maior. Por causa das limitações das instituições financeiras, desta vez, o governo vai contar com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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O governo tem feito todo o esforço para ajudar financeiramente as distribuidoras na tentativa de evitar um reajuste ainda mais salgado nas tarifas de energia neste ano. Mesmo com o auxílio, a maioria das empresas tem obtido aumentos acima dos 10%. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, informou que os financiamentos às concessionárias elevarão a conta de luz em oito pontos porcentuais em 2015 e 2016.

A seca prolongada, que reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas, e o acionamento das usinas térmicas têm provocado uma forte elevação no custo da energia no mercado. Procurada, a Aneel não se pronunciou sobre o assunto.

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