O dólar caía frente ao real nos primeiros negócios desta quinta-feira (23), em meio a um dia benigno nos mercados financeiros externos, que eram beneficiados pelo famoso rali de Natal.
Às 9h22 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,62%, a R$ 5,633 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,42%, a R$ 5,639.
Da agenda macro, o mercado analisava no Brasil o IPCA-15, cujas leituras de dezembro e anual vieram ligeiramente abaixo das expectativas. Da pauta externa, destaque para números de inflação nos EUA, além de indicadores de atividade no país.
A queda do dólar aqui replicava certa calma nos mercados internacionais, com alta nos futuros de Wall Street, moedas emergentes e ações asiáticas e europeias.
"A aversão ao risco perde força, após a divulgação de estudos sobre a variante ômicron, que apontaram menor probabilidade de casos graves quando comparada à variante delta", disse o Bradesco em nota matinal. "Mesmo assim, o agravamento da pandemia e a resposta das autoridades, especialmente na Europa, ainda impõe cautela aos negócios, limitando a recuperação dos mercados."
No campo doméstico, o Banco Central terminou na véspera a rolagem de contratos de swap cambial tradicional que venceriam em fevereiro e ainda na véspera anunciou o início, em 3 de janeiro, da rolagem dos derivativos a vencerem em março, que somam US$ 14,1 bilhões (282.270 contratos).
"A execução desta rolagem prevê a realização de leilões diários de swap tradicional e compreenderá o período necessário para que todo o estoque vincendo em 2/3/2022 seja renovado. O BC poderá alterar o lote ofertado a cada dia, ou mesmo acatar propostas em montante inferior à oferta, conforme as condições de demanda pelo instrumento, sem prejuízo do objetivo de rolagem integral do vencimento", disse o BC em nota em seu site.