O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira (15), ajudado por dados mais fracos sobre a economia dos Estados Unidos, que reduziram as apostas de aperto monetário na próxima semana na maior economia do mundo.
O dólar recuou 1,24%, a R$ 3,3017 na venda, depois de subir 2,89% nos dois pregões anteriores. Na mínima do dia, o dólar marcou R$ 3,2960 e, na máxima, R$ 3,3681. O dólar futuro cedia cerca de 1,2% no fim da tarde.
Na primeira etapa de negociações, a moeda marcou um vaivém, ora operando em baixa, ora em alta, firmando-se em queda apenas à tarde. Segundo operadores, houve um forte fluxo de saída que pressionou as cotações mais cedo e adiou a reação aos dados dos EUA.
"O mercado está de olho no exterior, mas os investidores aproveitam os momentos. Hoje, por exemplo, houve uma janela de oportunidade", comentou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Zerado o fluxo de saída, o mercado ficou livre para digerir os dados e o noticiário.
"A trégua no exterior depois dos dados norte-americanos deu a deixa para uma realização de lucros aqui no Brasil", afirmou o operador de uma corretora nacional.
O mercado trabalha em compasso de espera pelo encontro de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira que vem, mesmo dia em que o Banco do Japão também anuncia sua decisão e pode fazer mudanças em sua política de estímulos.
Segundo dados do FedWatch, da CME Group, operadores viam apenas 12% de chance de o Fed subir juros na próxima semana, abaixo dos 15% vistos na quarta-feira.
Pesquisa Reuters feita com economistas na semana passada apurou que cresceram para 70% as chances de um aumento do juro nos EUA em dezembro. No levantamento anterior, a chance era de 57,5%.
A produção industrial dos EUA caiu 0,4% em agosto ante julho. As vendas no varejo nos EUA também caíram mais do que o esperado no mês passado, 0,3%, ante previsão de recuo de 0,1% e após alta de 0,1% em julho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 1.000, para 260 mil em dados ajustados sazonalmente na semana encerrada em 10 de setembro, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters projetavam que os pedidos chegassem a 265 mil.
O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5.000 contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares.