Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Dólar cai e se reaproxima de R$ 3,20

Moeda norte-americana caiu 0,8% com volta do Banco Central ao mercado

Economia|

Dólar bateu R$ 3,19 na mínima da sessão
Dólar bateu R$ 3,19 na mínima da sessão Dólar bateu R$ 3,19 na mínima da sessão

O dólar fechou a terça-feira com queda de quase 1%, aproximando-se do patamar de R$ 3,20, influenciado pela volta do BC (Banco Central) ao mercado cambial e também pelo firme recuo da moeda norte-americana no exterior.

O dólar recuou 0,81%, a R$ 3,2124 na venda, depois de ter acumulado ganho de 1,98% nos dois pregões anteriores. A queda nesta sessão foi a maior desde o recuo de 1,35% registrado em 4 de janeiro. Na mínima do dia, o dólar foi a R$ 3,1924. O dólar futuro cedia cerca de 1% no final desta tarde.

"O Banco Central agiu para preservar a segurança do mercado e dar mais tranquilidade aos agentes diante dos fatos externos", destacou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva. O último leilão de swap tradicional havia sido em 12 de dezembro passado.

O BC anunciou na noite passada a volta nesta sessão com os leilões de swaps tradicionais —equivalentes à venda futura de dólares —, decisão tomada após avaliar as condições de mercado.

Publicidade

E a autoridade vendeu a oferta integral de até 12 mil contratos para rolagem dos vencimentos de fevereiro, que somam o equivalente a US$ 6,431 bilhões.

Se mantiver o mesmo ritmo de swaps ofertados nos próximos dias e vendê-los na íntegra, o BC rolará o volume total em 11 leilões. A última vez que o BC entrou no mercado de câmbio foi dia 13 de dezembro, com leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.

Publicidade

O presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse mais cedo que a autoridade monetária poderá sempre fornecer hedge a empresas se os mercados não estiverem funcionando bem e se houver problemas de liquidez, acrescentando ainda que o BC pode usar suas ferramentas cambiais dentro do regime de câmbio flutuante, que considera a primeira linha de defesa da economia contra choques externos.

Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em Davos, na Suíça, onde também participa do Fórum Econômico Mundial, que há conforto em relação ao patamar atual do dólar.

Publicidade

O mercado externo também contribuiu para o movimento de queda do dólar nesta sessão. A moeda norte-americana cedia ante uma cesta de moedas e divisas de emergentes, como o peso mexicano.

Os investidores reagiram ao discurso da primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmando que o Reino Unido deixará o mercado comum da União Europeia quando sair do bloco, acrescentando que o acordo final de saída será enviado para votação no Parlamento.

O discurso ajudou a recuperar a libra nos mercados de câmbio.

Outro evento no radar dos investidores era a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima sexta-feira. Ele prometeu uma política econômica mais inflacionária, com gastos em infraestrutura e corte de impostos, o que pode obrigar o Federal Reserve, banco central do país, a aumentar os juros além do esperado.

"O BC (brasileiro) pode ter se antecipado à posse, já que o dólar poderia ficar mais especulativo", comentou um operador de câmbio de uma corretora local, referindo-se à nova atuação no mercado de câmbio.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.