O dólar interrompeu uma série de seis altas consecutivas e caiu ao 0,65% ao patamar de R$ 2,3286 nesta terça-feira (16), com menos temores de uma alta antecipada dos juros nos Estados Unidos e apostas de que a presidente Dilma Rousseff (PT) perderá terreno na próxima pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial.
O volume de negócios foi reduzido, de apenas R$1,8 bilhão (US$ 800 milhões) segundo a BM&FBovespa, pois muitos investidores se mantiveram em compasso de espera antes da divulgação da pesquisa do Ibope nesta noite.
A especulação era de que Marina Silva (PSB), preferida à Dilma pelos investidores, voltaria a crescer nas intenções de voto.O atual governo é condesiderado intervencionista pelo mercado financeiro, enquanto a candidata defende medidas liberais da economia com a autonomia do Banco Central.
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A cotação da divisa teve seu fechamento após vídeo publicado no site do The Wall Street Journal sugerir que o Federal Reserve, banco central dos EUA, manterá a linguagem sobre a taxa de juros próxima de zero no comunicado que emitirá na quarta-feira, ao fim de sua reunião de política monetária.
Uma alta de juros nos EUA torna mais lucrativa a compra de títulos públicos americanos, o que move dólares investidos no Brasil para o outro país e faz seu preço subir aqui.Para o estrategista sênior de câmbio para mercados emergentes do Scotiabank, Eduardo Suarez, a notícia afetou o mercado em relação a isso.
— O The Wall Street Journal abriu espaço para um grande alívio nos mercados depois de uma semana de preocupações em relação a essa reunião do Fed.
Investidores vinham se preparando para possíveis indicações de que os juros norte-americanos poderiam subir mais cedo que o esperado. Pesquisas eleitorais que mostravam uma recuperação de Dilma nos últimos dias também haviam contribuído para a alta recente do dólar. Investimentos no País são retirados quando se aumenta a chance de o governo se reeleger.
Histórico
A moeda norte-americana chegou a ultrapassar o patamar de R$ 2,35 reais nas duas últimas sessões alimentando expectativas de que o Banco Central intensifique suas atuações no câmbio para evitar impactos inflacionários.
A moeda norte-americana avançou 4,66% sobre o real nas duas última sessões.
Para o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, o mercado acredita que o mercado intervêm no câmbio quando o dólar fica acima de R$ 2,35.
— Mas também não tem muito espaço para cair, por causa do Fed e das eleições", afirmou o
Uma importante fonte da equipe econômica afirmou na sexta-feira (12) à Reuters que o BC poderá aumentar a rolagem de swaps cambiais com o objetivo de reduzir a volatilidade do mercado, mas que os leilões com as rações diárias não mudam neste ano.
Por enquanto, o BC não mudou seu ritmo, vendendo a oferta de até 6 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em outubro.
O BC rolou cerca de 31% do lote total até agora, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares. A medida mantém mais da moeda investida no País.
Pela manhã, o BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a R$ 461 milhões (US$ 197,9 milhões). Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015.
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