O dólar fechou a quinta-feira (20) cotado a R$ 4,07, queda de 1,2% em comparação com a quarta-feira (19), quando fechou em R$ 4,12.
O recuo está em sintonia com o bom desempenho das moedas de países emergentes no exterior e após a pesquisa Datafolha mostrar Fernando Haddad (PT) empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT) na segunda colocação da disputa do Palácio do Planalto.
"[Datafolha] mostra que a corrida eleitoral ainda não tem um quadro definido. É cedo para apostar que a eleição já se encontra definida entre Bolsonaro e Haddad", comentou a SulAmérica Investimentos em relatório, ao ponderar que "Ciro Gomes pode surpreender nesta reta final da campanha".
Segundo o levantamento divulgado nesta madrugada, Jair Bolsonaro, do PSL, seguiu na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto, com 28% de apoio, com Haddad (PT) registrando 16%, na segunda colocação, em empate técnico com Ciro Gomes (PDT), com 13%.
Na terça-feira, o Ibope trouxe Bolsonaro na liderança, mas Haddad isolado em segundo lugar, com 19% dos votos e Ciro com 11%.
"Acho difícil o dólar voltar aos R$ 4,20, a menos que Ciro ou Haddad ganhem força. Dólar deve oscilar entre R$ 4,10 e R$ 4,15", projetou o gerente de câmbio da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcante, ao justificar a moeda não ter sustentado o piso da sessão.
No exterior, o dólar operava com queda firme ante a cesta de moedas e perdia força ante as divisas de países emergentes, em meio à busca por ativos baratos, que favorecia principalmente o rand sul-africano e o rublo da Rússia.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 7,085 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral da dívida.