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Dólar registra maior alta em mais de um mês e vale R$ 3,57

Disparada de 2,33% da moeda norte-americana foi influenciada pela piora do ambiente externo

Economia|

Somente nos últimos dois pregões, dólar saltou 3,81%
Somente nos últimos dois pregões, dólar saltou 3,81% Somente nos últimos dois pregões, dólar saltou 3,81%

O dólar subiu mais de 2% nesta terça-feira (3), maior alta em um mês e meio e que o levou acima de R$ 3,55, acompanhando a piora do cenário externo e maior aversão a risco sobretudo nos mercados emergentes, após dados ruins sobre a China.

Ajudou também a atuação do Banco Central, que realizou leilão de swaps cambiais reversos — equivalentes à compra futura de dólares — no início dos negócios.

O dólar avançou 2,33%, a R$ 3,5712 na venda, maior alta desde 15 de março (+3,03%), depois de ter batido R$ 3,5828 na máxima do dia. Só nos dois primeiros pregões deste mês, a moeda norte-americana acumulou ganho de 3,81%. O dólar futuro subia cerca de 1,85% no fim da tarde.

"Os dados da China hoje pegaram de jeito as commodities e isso acaba afetando as moedas de emergentes como um todo", disse o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

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A atividade industrial da China encolheu pelo 14º mês seguido em abril, mostrando fragilidade da segunda maior economia do mundo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit da China recuou para 49,4, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março.

A queda nos preços do petróleo também ajudou a alimentar a aversão ao risco nesta sessão, por preocupações com o aumento da produção no Oriente Médio e no Mar do Norte, renovando os receios em torno do excesso de oferta global.

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Com isso, o dólar também subia em relação a moedas de países como o México e Chile.

No mercado local, a atuação do BC também ajudou a puxar o dólar. Pela manhã, a autoridade monetária vendeu 9.800 swaps cambiais reversos da oferta total de até 20 mil contratos. Com a piora no cenário externo, que acentuou a alta do dólar no Brasil, o BC não anunciou novo leilão para tentar colocar o restante dos contratos não vendidos na primeira tranche, como fez recentemente.

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Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de R$ 3,45. Para muitos especialistas, a autoridade monetária não quer a moeda abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do País.

A cena política permaneceu no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.

Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.

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