O dólar fechou em leve alta de 0,16% ante o real nesta quinta-feira (14) e passou a ser negociado a R$ 4,1934, segundo maior valor da história para um encerramento de pregão. O patamar é inferior apenas à taxa de encerramento do dia 13 de setembro de 2018 (R$ 4,1957).
Ao longo da sessão, a moeda bateu os R$ 4,20 na venda (0,31%). Na mínima do dia, pela manhã, o moeda norte-americana chegou a ser negociada por R$ 4,1640 (-0,55%).
A variação do dólar ocorreu em meio ao dia de enfraquecido apetite por risco no exterior em meio a preocupações com a saúde da economia global.
Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar futuro tinha valorização de 0,55%, a R$ 4,1975, após alcançar R$ 4,2030 na máxima intradiária.
Segundo analistas, o movimento foi orientado sobretudo pelo exterior, que sofreu com aversão a risco diante de dados fracos na China, no Japão e na Alemanha, em meio a uma contínua incerteza sobre o status das negociações comerciais entre EUA e China.
A fragilidade nos mercados latino-americanos também pesou. A moeda do Chile voltou a atingir mínimas recordes, mesmo depois de o banco central local ter anunciado ofertas de liquidez.
"O real é uma das moedas mais líquidas da região, e isso acaba jogando contra nós num momento de maior instabilidade regional", disse Matheus Gallina, operador de multimercados da gestora Quantitas.
Desde a frustração com o leilão da cessão onerosa, no dia 6 de novembro, o dólar acumula um salto de 5% ante o real. O aumento da incerteza política doméstica depois da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também tem influenciado as cotações.