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Dólar sobe e vai à casa de R$ 3,17

Moeda norte-americana chegou a bater R$ 3,20 com exterior e temor com Previdência

Economia|Do R7

Dólar bateu maior patamar intradia desde 19 de janeiro
Dólar bateu maior patamar intradia desde 19 de janeiro Dólar bateu maior patamar intradia desde 19 de janeiro

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (26), pelo segundo pregão seguido e indo ao patamar de R$ 3,17, acompanhando o cenário externo e em meio à preocupação dos investidores com o andamento das reformas no Brasil, em especial a da Previdência, após o governo do presidente Michel Temer sofrer uma derrota no Congresso Nacional.

O dólar avançou 0,68%, a R$ 3,1730 na venda, após bater R$ 3,2080 na máxima do dia, maior patamar intradia desde 19 de janeiro passado (R$ 3,2325). O dólar futuro tinha alta de 0,9% no final da tarde.

"Os prometidos cortes de impostos nos Estados Unidos devem impulsionar a economia norte-americana e favorecem os ganhos do dólar em nível global", afirmou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quarta-feira reduzir a alíquota de imposto corporativo e sobre os lucros das empresas, ao mesmo tempo em que oferece isenções fiscais para os norte-americanos em um esboço de suas metas para a política tributária.

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As medidas podem gerar mais inflação nos Estados Unidos e levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a aumentar as taxas de juros no país além do esperado, alimentando o potencial de atração de recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

Atualmente, o mercado precifica mais duas altas de juros nos Estados Unidos neste ano. No exterior, o dólar subiu o dia todo ante uma cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

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No cenário interno, a alta firme do dólar durante toda a sessão veio das preocupações dos investidores com a aprovação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem, sobretudo depois do revés na votação do projeto de socorro fiscal a Estados endividados.

Na noite passada, a Câmara dos Deputados aprovou destaque ao projeto de socorro fiscal para Estados superendividados que retira a exigência de os entes participantes do regime de recuperação aumentarem para 14% a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores estaduais, impondo uma derrota ao governo.

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"Quanto mais perto de R$ 3,20, maior é o sinal de desconfiança do mercado", avaliou o diretor de câmbio do correspondente cambial Abrão Filho, Fernando Oliveira, para quem a tendência mudará para de alta caso a moeda norte-americana se firmar no nível de R$ 3,20.

A briga pela formação da Ptax de final de mês, segundo os profissionais, também contribuiu para a alta do dólar nesta sessão.

O Banco Central vendeu, pelo sétimo pregão seguido, mais um lote de 16 mil swaps cambiais tradicionais — equivalente à venda futura de dólares — para rolagem dos contratos que vencem em maio. Dessa forma, já rolou US$ 5,6 bilhões do total de US$ 6,389 bilhões.

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